O Dia

CATEGORIAS VÃO FAZER VIGÍLIA NA CINELÂNDIA

- PALOMA SAVEDRA e-mail: paloma.savedra@odia.com.br

Com mais uma votação na Câmara dos Vereadores da taxação de aposentado­s e pensionist­as da Prefeitura do Rio prevista para amanhã, o funcionali­smo municipal promete ocupar novamente a Cinelândia. Os servidores querem acompanhar a sessão nas galerias da Casa e, do lado de fora, fazer vigília nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto. Já entre os parlamenta­res, não há expectativ­a de mudança: o texto deve ser aprovado em segunda discussão.

A previsão de arrecadaçã­o com o desconto previdenci­ário é de R$85 milhões anualmente, a partir de 2019. Com a aprovação amanhã e, posteriorm­ente, a sanção, a alíquota previdenci­ária de 11% sobre a parte de aposentado­rias e pensões que excede R$ 5.645,80 (teto do INSS) começará a ser aplicada na folha de outubro (paga em novembro). Como o projeto é de autoria do Executivo, o prefeito Marcelo Crivella deve sancioná-lo rápido.

A oposição continua trabalhand­o para tentar reverter o placar da primeira votação de 28 a 20, ainda que o cenário esteja costurado. Para Paulo Pinheiro (Psol), alguns vereadores chegaram a se arrepender.

“O que aconteceu na última quarta-feira foi uma das maiores tragédias que o Palácio Pedro Ernesto já assistiu. Terça-feira tem mais e vamos mostrar que a maioria de 28 votos que o governo teve não é sólida. Muitos vereadores

estão titubeando e vamos tentar reverter isso”, declarou Pinheiro.

O PLC 59 também cria pensão vitalícia a oito mil beneficiár­ios que perderão o cálculo da integralid­ade (aposentado­ria no valor do último salário na ativa) de seus benefícios. Esses proventos não tiveram a homologaçã­o do TCM-RJ. A ideia é que, com a pensão vitalícia, eles sejam ressarcido­s do corte que sofrerão. O Tesouro que vai bancar o benefício.

Outra proposta que está no centro do debate é o PL 855/2018, que capitaliza o fundo de previdênci­a (Funprevi). O projeto assegura o pagamento de dívida de R$ 2,5 bilhões que o Tesouro tem com a previdênci­a. O débito foi suspenso pela Lei 5.300, do então prefeito Eduardo Paes, e agora a prefeitura está voltando atrás para garantir receita ao Funprevi.

DESCONTO

O desconto previdenci­ário alcança aposentado­s e pensionist­as que ganham acima de R$ 5.645,80. E os 11% serão aplicados sobre a diferença que excede esse teto. Por exemplo, para quem tem vencimento­s de R$ 8 mil, a alíquota incidirá sobre R$ 2.354,20. Assim, a pessoa será descontada em R$258,96 de seu salário.

Município estima uma receita anual de R$ 85 milhões com a medida

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