Uma inútil invencibilidade
O jogo mais chato da história das Copas. Assim podemos classificar o encontro entre Suíça e Ucrânia pelas oitavas de final do Mundial de 2006, na Alemanha. Cento e vinte minutos de nada. Uma celebração fúnebre ao futebol. No dia seguinte, a imprensa alemã afirmava que as duas seleções mereciam ser excluídas da Copa por falta de combatividade. Até mesmo o site oficial da Fifa mostrou-se descontente com a partida: “Foi um desagradável caso inédito sem destaques”.
O fato é que as duas seleções chegaram a esse jogo com um histórico de poucos gols. Além disso, eram os dois piores países da Europa, de acordo com o ranking da Fifa, naquele Mundial. Os suíços chegaram às oitavas com duas vitórias e um empate, sem conceder gols. Já a Ucrânia estreou sendo atropelada pela Espanha por 4 a 0, mas depois passou facilmente por Arábia Saudita e Tunísia, também Para não dizer que o jogo foi uma nulidade só, dois pontos a destacar. Todos no primeiro tempo: aos 20 minutos, Shevchenko cabeceou na trave, e aos 23 o suíço Frei carimbou o travessão em cobrança de falta. A prorrogação foi arrastada, com os dois times pedindo, implorando pela disputa de pênaltis. Disputa esta que foi a de pior aproveitamento das Copas: 3 a 0 para a Ucrânia, com o goleiro Shovkovskyi pegando duas batidas. Incrivelmente, a Suíça dava adeus à Copa sem ser vazada. Shovkovskyi pega uma cobrança da Suíça: goleiro da Ucrânia foi o herói da classificação para as oitavas
sem ter a defesa vazada. Os dois países tinham uma boa base, já que ambos haviam alcançado as semifinais da Eurocopa sub-19 em 2004. Promessa de um confronto de qualidade. Mas ficou apenas na promessa.
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