O Dia

TUDO POR amor

Na minissérie, Lia não gosta de sua aaparência física e é forçada pelo pai a se casar com Jacó. “Ela percebe que precisa se amar”, diz Bruna Pazinato

- GABRIEL SOBREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Aautora Paula Richard estava escrevendo a novela ‘Jesus’ quando foi recrutada às pressas para entregar 10 capítulos da saga de Lia — a personagem já apareceu sem protagonis­mo em ‘José do Egito’, em 2013. A minissérie ‘Lia’ estreia hoje, às 20h45, na Record. “Foi muito tenso (risos). Normalment­e, uma minissérie é um trabalho em que podemos ter mais tempo para desenvolve­r os personagen­s, planejar a história, pensar em cada cena, frase. Além disso, adaptações bíblicas exigem muito estudo e pesquisa antes de entrar na parte criativa. Foi um pedido especial. Me dediquei, junto com minha equipe”, conta Paula.

AMOR PRÓPRIO

Lia (Bruna Pazinato) vive a clássica história da gata borralheir­a. Era linda por dentro, mas não por fora, até que se transforma. “Há mulheres que vivem hoje os mesmos problemas e dramas que ela viveu há milhares de anos atrás”, afirma a autora. A mocinha é insegura em relação aos seus atrativos físicos, não é correspond­ida no amor, sofre com a ingratidão, é rejeitada por sua família, por seu pai. “Sua trajetória ensina que, enquanto a pessoa não amar a si própria do jeito que é, não será feliz”, defende a autora.

Para a protagonis­ta, a parte legal da história é que não é um “príncipe” que faz a personagem se tornar interessan­te. “Ela percebe que precisa se amar antes. É a melhor mensagem para passar e acho bacana mostrar isso na minissérie”, comemora Bruna, que vive sua primeira protagonis­ta na TV. “Fiquei nervosa, com friozinho na barriga, mas dei o meu melhor, assim como todos os envolvidos”, conta a atriz, que também é cantora. “Será que vai ter esse momento de eu cantar na minissérie? Seria juntar duas paixões minhas (atuação e canto), prefiro fazer mistério”, desconvers­a, aos risos.

RIVALIDADE

Graziella Schmitt, que dá vida a Raquel, irmã mais nova e mimada de Lia, diz que sua personagem é do tipo que passa por cima de qualquer um, inclusive da irmã, para ter seus objetivos realizados. “A Raquel tem noção do certo e do errado. E sempre escolhe o que é melhor para ela. É uma pastora de ovelhas, bem oposta a Lia, que fica em casa cuidando dos afazeres domésticos”, diz Graziella.

O GOLPE

O destino das irmãs se choca

quando Jacó (Felipe Cardoso), primo delas, surge no povoado. Rapidament­e, ele se encanta por Raquel e pede a mão dela para Labão (Theo Becker), o interessei­ro pai das moças. Sem ter dinheiro para o dote, Jacó aceita trabalhar para Labão por sete anos e poder desposar a bela. Mas no dia da cerimônia, Labão tem outros planos. Ele manda os filhos embebedare­m o futuro genro, Raquel surge mais bela do que nunca, e o pai dela diz que os noivos devem consumar o casamento. Raquel se ausenta, e Jacó é levado para uma tenda. “É uma peça, é um pilar central disso tudo, essa história acontece em função do triângulo amoroso”, explica Cardoso.

De olhos vendados, Jacó se deita com Lia pensando estar com Raquel, que sempre soube dos planos do pai e concordou. Na manhã seguinte, Jacó fica chocado ao ver que se deitou com Lia. Labão diz que o genro deverá trabalhar mais sete anos para se casar com Raquel. Sem saber que Lia foi forçada, Jacó fica furioso com ela, julgando -a uma usurpadora e traidora. Ele então fica uma semana com Lia e casa também com Raquel, concordand­o em trabalhar mais sete anos por ela, a mulher que realmente ama.

TRANSFORMA­ÇÃO

Lia engravida várias vezes de Jacó e aumenta a raiva de Raquel, que não consegue gerar um fruto do seu amor. Desesperad­a, ela oferece uma serva dela para engravidar do marido. O mesmo acontece com Lia, que depois de muitos anos, também não consegue dar mais filhos para o marido. “É uma tentativa de manter o amor de Jacó por perto. É muito delicado falar de costumes. Para a época, procriar era lucro, tinha a ver com mão de obra, distribuiç­ão familiar, domínio territoria­l também”, observa Cardoso, cujo personagem teve 12 filhos. “Esses herdeiros de Jacó deram nome às doze Tribos de Israel. E nasceram de suas esposas: Lia e Raquel; e de suas concubinas: Bila (Caca Ottoni) e Zilpa (Thais Muller)”.

Quando Raquel finalmente gera um filho, José, a irmã já tinha dado à luz seis crianças. “Rachel começa muito vibrante e Lia mais na dela, desajeitad­a. Ao longo da história, Lia floresce conforme vai dando filhos, entende quem ela é. Com a Raquel é justamente o contrário. Começa vibrante e vai murchando, a inveja a consome”, conta Graziella.

“Lia vai amadurecen­do até adquirir essa segurança e sabedoria que a fará, finalmente, conquistar o amor de sua vida. É uma história de amor, superação, intrigas e muita emoção”, diz a autora Paula Richard.

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 ??  ?? À esq., Lia (Bruna Pazinato) observa Rachel (Graziella Schmitt) e Jacó (Felipe Cardoso). No alto, Lia entre a irmã e o marido. À dir., Jacó e Saul (Augusto Garcia)
À esq., Lia (Bruna Pazinato) observa Rachel (Graziella Schmitt) e Jacó (Felipe Cardoso). No alto, Lia entre a irmã e o marido. À dir., Jacó e Saul (Augusto Garcia)
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