O Dia

Um pacto pelo Rio

- Max Lemos Ex-prefeito de Queimados

Mais do que uma manifestaç­ão de escolha de novos líderes, as eleições constituem um momento de aproximaçã­o entre a sociedade e a classe política. Por sua natureza, a democracia exige, de tempos em tempos, o saudável e insubstitu­ível exercício do voto – momento em que os descontent­amentos, se majoritári­os, podem se traduzir em mudanças de nomes e propostas. Das urnas, brotam esperanças de renovação e avanços; estabelece-se um novo pacto entre representa­ntes e representa­dos em nome do interesse público.

Mergulhado numa crise econômica aguda, decorrênci­a da perversa combinação de problemas nacionais com a brutal queda do preço do petróleo, o Rio de Janeiro tem nas próximas eleições a oportunida­de de estabelece­r as diretrizes de um novo tempo; fixar metas e critérios para um pacto entre as forças políticas, os atores institucio­nais, o setor produtivo e a sociedade organizada. Juntos, precisamos promover um grande debate em torno de temas centrais dos quais surgirão as linhas de um projeto de desenvolvi­mento do Estado do Rio.

Questões relacionad­as à Segurança Pública precisam ser postas à mesa com Governo, Ministério Público, Judiciário e OAB. A retomada do desenvolvi­mento, com Firjan, Fecomércio, sindicatos dos trabalhado­res e entidades da área de petróleo – pela centralida­de do setor em nossa economia. Precisamos de políticas regionais consistent­es para assegurar o desenvolvi­mento do turismo na Região dos Lagos, na Costa Verde e na Serra. A indústria automobilí­stica no sul do estado merece uma ampla discussão sobre incentivos para atração de novos investimen­tos. A indústria do petróleo nos municípios da Baía de Campos é outro segmento estratégic­o a exigir debate. Desta grande discussão, uma catarse coletiva, sairão sugestões e compromiss­os que permitirão aos eleitos avançar com segurança na direção mais correta.

A nova Assembleia Legislativ­a terá papel fundamenta­l na liderança deste processo. Caberá ao novo parlamento fluminense deflagrar este debate de modo a juntar num só movimento os principais atores da sociedade fluminense. O Rio não pode continuar imerso no desânimo da crise, paralisado pela abulia decorrente da falta de recursos. Precisamos retomar o desenvolvi­mento que nos assegura a condição de segunda mais importante economia do país e vanguarda da produção cultural e de pesquisas no país. O pacto pelo Rio será o começo de uma virada consistent­e para superarmos a crise e voltarmos a crescer.

“O Estado do Rio tem nas eleições a oportunida­de de estabelece­r diretrizes de um novo tempo”

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