Em 24 horas, dois policiais mortos e dois feridos
Em 16 horas, quatro policiais são baleados em tentativas de assalto no Rio. Um agente da Civil e um federal aposentado morreram. Um Civil e um PM ficaram feridos
Em menos de 24 horas, um agente da PF aposentado foi assassinado a tiros no Recreio dos Bandeirantes e um policial civil morreu em uma tentativa de assalto, no Engenho de Dentro.
Dois policiais foram mortos e dois foram feridos por tiros em tentativas de assalto em menos de 24 horas no Rio. Por volta das 9h30 de ontem, o policial civil Eduardo Freire Pinto Guedes Filho, conhecido como Paquetá, 47, morreu após ser baleado em frente à casa onde morava com a família, no Engenho de Dentro, ontem, às 9h30. Já o policial federal aposentado Luis Carlos Dias foi assassinado no Recreio dos Bandeirantes na terça-feira, por volta das 23h.
Paquetá foi baleado três vezes e chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele estava a paisana e voltava do mercado quando um homem anunciou o assalto. Ele teria pedido o cordão de ouro do agente. Os dois discutiram, o suspeito disparou e fugiu na moto com um comparsa que aguardava em frente.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) periciou o local do crime e fez diligências em busca de testemunhas e câmeras de segurança. Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do agente. Paquetá era lotado na Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE), e tinha esposa e um casal de filhos.
No caso ocorrido no Recreio, o policial federal foi abordado por bandidos quando caminhava pela Avenida Guignard e teria se negado a entregar seus pertences porque a identificação da PF estava junto do celular. Os criminosos, então, atiraram. Ele tentou fugir, mas morreu na Rua Gustavo Corção, a cerca de 200 metros do local do crime.
Com as duas mortes, chegou a 67 o número de agentes de segurança assassinados no estado em 2018. Destes, 57 são PMs, quatro policiais civis, dois agentes da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), dois do Exército, um policial federal e um da Guarda Municipal do Rio.
Além do agente baleado, tiroteio no Andaraí deixou a esposa do policial e pedestre feridos
Outro agente da Polícia Civil foi baleado ontem. Por volta das 8h, Marcus Fonseca, 45, foi baleado seis vezes ao reagir a uma tentativa de assalto em um arrastão na Rua Ferreira Pontes, no Andaraí. O agente foi atingido no glúteo, rosto, tornozelo, ombro, antebraço e punho, e passou por sete horas de cirurgia no Hospital Federal do Andaraí. Segundo a unidade, seu estado é grave. “Ele estava parado no sinal, vieram dois bandidos em dois carros e começaram a atirar”, relatou o delegado Fábio Barucke, do Departamento Geral de Polícia (DGP).
No tiroteio, outro homem, que passava na garupa de um mototáxi, foi baleado. A esposa do policial ficou ferida por estilhaços. Eles também foram socorridos e estão estáveis. Mais de 10 tiros atingiram o veículo da vítima, seis deles no para -brisas. Ao menos um dos criminosos também foi baleado, mas conseguiu fugir. A polícia periciou um veículo abandonado pelos bandidos em busca de impressões digitais.
O segundo policial ferido ontem foi o PM Leonardo Freitas, de 37 anos. Ele foi baleado em tentativa de assalto, à tarde, quando chegava em casa na Rua Senador Nabuco, em Vila Isabel. Segundo informações do 6º BPM (Tijuca), o militar, de folga, foi atingido nas costas, e a bala saiu pelo abdômen. Ele foi socorrido pela esposa e levado para o Hospital Federal do Andaraí, onde passou por cirurgia. Segundo a unidade, o PM perdeu um rim e está estável.