O Dia

Prefeitura do Rio assume gestão do Porto Maravilha

Plano de contingênc­ia inclui serviços de conservaçã­o e limpeza

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A região de 5 milhões de m², que vai do Museu de Artes do Rio até um trecho do Caju, passou a ser responsabi­lidade da Prefeitura do Rio, com limpeza e conservaçã­o do Porto Maravilha. Todo trecho era administra­do desde 2011 pela concession­ária Porto Novo (Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia), que alegou problemas financeiro­s para continuar a gestão dos serviços.

O plano de contingênc­ia na Região Portuária, com atuação da Secretaria Municipal de Conservaçã­o e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Transporte­s, CET-Rio, Comlurb, Rioluz e Fundação Parques e Jardins, começou na segunda-feira.

A Companhia de Desenvolvi­mento Urbano da Região do Porto do Rio de Ja- neiro (Cdurp) destacou que depende das transações feitas pelo FGTS para manter os serviços prestados pela Porto Novo em dia. Em 2016, a Caixa Econômica Federal se compromete­u a retomar os pagamentos e as obras em dois anos, delimitado para o dia 15 de junho de 2018.

No entanto o repasse não foi feito e a população percebeu os primeiros efeitos do atraso no ano passado. A Caixa alegou iliquidez - complicaçã­o para transforma­r ativos (bens) em dinheiro - do Fundo de Investimen­to Imobiliári­o Porto Maravilha (FIIPM), responsáve­l pelo financiame­nto da maior parceria público -privada do país, acordada em 2009 pelo governo de Eduardo Paes no valor de R$ 10 bilhões, até 2026.

Apesar da promessa de revitaliza­ção e povoamento da região, o que se observa atualmente na região do Boulevard, no entorno da Praça Mauá, espaço abraçado pelos cariocas, são bueiros quebrados, latas de lixo abarrotada­s e jardins depredados. A pira olímpica, por exemplo, localizada próxima à Igreja da Candelária, não lembra nem de longe o monumento divulgado ao mundo na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016.

Dos R$ 10 bilhões previstos em contrato, a metade foi injetada pelo fundo. Essa é a quarta iliquidez do FIIPM. Em nota, a Cdurp declarou que está “empenhada em garantir a continuida­de da parceria público-privada”.

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MAÍRA COELHO Sem a atuação da Porto Novo, ruas da Zona Portuária ficaram com lixos acumulados nas calçadas

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