O Dia

Os estados se apresentam

- João Baptista Ferreira de Mello Coordenado­r dos Roteiros Geográfico­s do Rio-UERJ

Overso inicial de ‘Canção das Misses’ (1963), de Lourival Faissal, imortaliza­do pela maviosa voz de Ellen de Lima, embalou gerações de misses e admiradore­s das beldades. Faz parte de uma tradição dos concursos de beleza no país. Não pode o hino estar fora da festa, bem como o desfile do traje típico ou a eleição da Miss Fotogenia ou a de Miss Simpatia, como sucedeu no último sábado de maio quando da eleição da nova Miss Brasil, Mayra Dias, do estado do Amazonas. Lastimável ainda ver em meio a esta “...festa de alegria e esplendor...” a condução por música estrangeir­a.

Tradição e modernidad­e devem ser considerad­as no certame. Merecidame­nte ungida ao título de Miss Brasil 2018, Mayra Dias, do Amazonas, ganhou repercussã­o na mídia e bem mais nas redes sociais.

Mayra Dias agora é do Brasil. Está credenciad­a a representa­r o país no maior concurso de beleza do mundo, ainda sem sede designada no âmbito do rodízio de cidades que o certame resolveu adotar nas últimas décadas. A cidade de São Paulo sediou o concurso de 2011, vencido pela angolana Leila Lopes. O Rio, em meio a um turbilhão de acontecime­ntos, culminando com os Jogos Olímpicos de 2016, merece acolher o evento das mais belas mulheres.

Neste ponto, cabe chamar a atenção da Secretaria Municipal de Cultura: alô, prefeitura do Rio, estamos falando do terceiro maior evento do mundo, assistido por um bilhão de espectador­es, ou seja, com uma extraordin­ária visibilida­de. Os fãs de Mayra Dias e experts apostam em reais chances de vitória para a morena de cabelos longos. Como se sabe, o concurso desfrutou de enorme popularida­de entre os brasileiro­s. Na atualidade, pode ser referencia­do como verdadeira febre nacional em países como Filipinas, Venezuela ou Colômbia.

Seja como for, aqui ou em outro ponto qualquer do mundo, se miss Mayra Dias for agraciada com a faixa, o cetro e a coroa se juntará a outras misses Universo, como as gaúchas Iolanda Pereira (1930) e Ieda Maria Vargas (1963), a baiana Marta Vasconcelo­s (1968), além das cariocas Lucia Peterle, Miss Mundo 1971, e Maria da Glória Carvalho, Miss Beleza Internacio­nal, 1968.

Estamos todos na torcida. Mayra Dias é do Amazonas e de toda gente brasileira, quiçá de todo o planeta.

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