Toque de craques
No comando do‘ Debate Final Especialistas ’, Té o José diz que faz a função de um meio-campista, recebendo a bola e passando logo par aos técnicos e Jô Soares :“Tenho que mostrar jogo de cintura”
Entrevistador, humorista, ator e... comentarista esportivo. Durante essa Copa do Mundo, o público está conhecendo uma nova característica de Jô Soares no meio televisivo durante o programa ‘Debate Final Especialistas’, do canal por assinatura Fox Sports. A atração, que também conta com técnicos consagrados como Parreira e Vanderlei Luxemburgo na bancada, é apresentada pelo narrador Téo José, que garante nunca ter participado de um projeto como esse em sua carreira.
“A apresentação desse programa é diferente de tudo que eu já fiz na minha vida. Meu papel é exercer a função de um meiocampista: eu recebo a bola e solto rápido para os grandes especialistas do programa, que são os técnicos e o Jô Soares. Além disso, não posso deixar a linguagem ficar muito técnica, de modo que o público em casa perca a compreensão. Outro ponto é que o programa não pode perder o ritmo, tenho que mostrar jogo de cintura”, avalia o narrador.
A presença de Jô no programa não é por acaso. De acordo com Téo José, o entrevistador acompanha futebol de perto desde a Copa de 1950, quando o Brasil perdeu o título mundial para o Uruguai no Maracanã.
“Além da Copa de 50, Jô acompanhou de perto os mundiais de 1954 e 1958. Ele inclusive escreveu livro sobre Copas dessa época. Outro ponto é que ele está
assistindo a muitos jogos desse Mundial, está sempre atualizado. Ele é o Jô, e esse é o papel dele no programa: ser o Jô Soares que a gente conhece e trazer sua visão diferenciada”, explicou.
Ainda segundo o narrador, a ideia de um programa com técnicos de futebol e um nome de peso da televisão brasileira teve como objetivo fugir do padrão das atrações pósjogo que cobrem o maior campeonato de futebol do mundo. “A experiência tem sido muito positiva, além de entenderem muito do assunto são figuras marafechada. vilhosas. O Luxemburgo é um cara que quando pega confiança no que está fazendo decola, o Abel é uma pessoa sensacional. Tenho aprendido e me divertido muito a cada dia”, constata Téo. Famoso pelas narrações na Band, Téo José foi contratado este ano pela Fox Sports. “É tudo muito moderno na emissora, estou gostando muito. Posso dizer que me adaptei muito rápido ao novo trabalho”, afirmou o apresentador, que também disse não sentir diferença na maneira como se comunicar com o público da TV “Não tem diferença. Quando eu estava vindo para a Fox, pensei muito nisso. Mas hoje em dia a TV a cabo está sendo consumida por muita gente. A pessoa nem percebe a diferença”.
Durante a Copa, Téo narra as partidas dos estúdios da Fox no Rio. Entretanto, o narrador tem o sonho de poder voltar a transmitir uma final de Mundial direto do estádio.
“Em 2014, eu transmiti a final no Rio pela Band, mas não fiquei satisfeito com meu rendimento. Viajei muito durante a competição e tive uma infecção intestinal junto com muita dor de garganta na semana do grande jogo. Posso dizer que eu estava apenas 60%. Tive que me poupar, me segurar. Tecnicamente não gostei. Espero ter outra chance para fazer melhor”, reflete. A Copa do Mundo de 2018 tem sido marcada pelo equilíbrio. Com as grandes seleções tendo dificuldade para passar de fase — ou até ficando pelo caminho, como a Alemanha — Téo José acredita que o Mundial deste ano pode reservar grandes surpresas.
“Portugal e Uruguai vão se enfrentar nas oitavas de final, mas acredito que quem passar tem grandes chances de chegar longe no Mundial. A equipe portuguesa tem ótimos jogadores, além do Cristiano Ronaldo. É a seleção campeã da Eurocopa. Já a equipe celeste tem um bom meiocampo, uma ótima defesa e dois jogadores fora de série que são o Cavani e o Suárez. Além dessas, acredito que França e Brasil estão entre as favoritas”, diz.
“A experiência tem sido muito positiva. Além de entenderem muito do assunto, eles são figuras maravilhosas. Tenho aprendido e me divertido muito a cada dia” TÉO JOSÉ, Narrador