Mexicanos apimentam duelo para a arbitragem
Pendurado com cartão amarelo, o volante Guardado alertou sobre os exageros de Neymar ao sofrer faltas
Oduelo entre Brasil e México, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, ganhou um ingrediente a mais. O capitão mexicano, Andrés Guardado, resolveu apimentar o trabalho da arbitragem da partida desta segunda-feira, alertando sobre os exageros de Neymar quando recebe entradas mais fortes dos adversários.
“Todos conhecemos o Neymar. Creio que não corresponde a mim julgá-lo. Somente aos árbitros e à Fifa. Agora, com o VAR, ele tem que ver seu estilo de jogo. E o árbitro saber dirigir. Sabemos que ele gosta de exagerar nas faltas e se atirar muito, mas é seu estilo de jogo e são os árbitros que devem tomar uma atitude”, alertou o volante.
Guardado não foi o único a reclamar do ‘cai-cai’ dos brasileiros. Na quinta-feira, o técnico Juan Carlos Osorio, descontente com os cartões recebidos por sua equipe na derrota por 3 a 0 para a Suécia, quarta-feira, pediu um árbitro mais preparado para o próximo compromisso.
“O cartão amarelo para Gallardo foi precipitado e o limitou. Contra a Coreia do Sul, Lozano e Vela foram caçados o tempo todo. Espero que (a Fifa) nos dê um bom árbitro, que não se finja tanto e que seja um jogo de alto nível”, declarou o treinador.
Em 2015, Osorio, no São Paulo, enfrentou Tite pelo Corinthians. O jogo terminou empatado em 1 a 1
PARA QUEBRAR UM TABU
A pressão sobre a arbitragem é reflexo de um trauma vivido em 2014, na Copa do Mundo do Brasil. Naquela ocasião, ainda sem o VAR, Robben se atirou dentro da área e o português Pedro Proença assinalou o pênalti da derrota por 2 a 1 para a Holanda e da eliminação nas oitavas de final. O episódio é lamentado até hoje pelos torcedores, que não vêem a seleção passar dessa fase há 32 anos.
Mesmo reconhecendo o favoritismo do adversário, o capitão mexicano, que, aos
Todos conhecemos o Neymar. Sabemos que ele gosta de exagerar nas faltas e se atirar muito, mas é seu estilo de jogo” ANDRÉS GUARDADO, Capitão do México
31 anos, joga provavelmente sua última Copa do Mundo, mostrou confiança na classificação. O México lutará para quebrar a escrita de nunca ter vencido o Brasil em um Mundial — são três derrotas e um empate.
“Estamos diante do Brasil, pentacampeão, um grande cenário. Tínhamos em mente que podia acontecer. Também nunca tínhamos vencido a Alemanha em um Mundial. Vamos nos agarrar a isso. Viemos fazer história. Tudo isso, no fim, é estatística. E estatística não joga”, disse.