O Dia

Cabelo de Cascão e frango alemão

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Brasil e Alemanha se enfrentari­am pela primeira vez em uma Copa, e logo na final. Os alemães lutavam pelo tetra para se igualar aos brasileiro­s, na rota do penta. Duas seleções que poderiam ser resumidas muito bem em dois personagen­s. Ronaldo, em sua melhor forma física, e Kahn, a Muralha de Berlim, considerad­o o melhor goleiro do mundo à época.

Ronaldo precisou apenas do segundo tempo para implodir Kahn e garantir ao Brasil a quinta estrela no peito com a vitória de 2 a 0. No primeiro gol, Ronaldo aproveitou uma falha do goleiro alemão, que deu rebote após um chute de Rivaldo. No segundo, recebeu passe de Kleberson e fuzilou da entrada da área. Ronaldo era o nome da Copa, consagrado e coroado. Coroado pelo torcedor, pela mídia, mas não pela Fifa, incrivelme­nte — a entidade elegeu o melhor jogador do torneio antes da partida Ronaldo comemora após marcar o segundo gol do Brasil sobre a Alemanha na final da Copa de 2002 decisiva e concedeu o prêmio a Kahn.

O goleiro, aliás, nunca mais seria o mesmo. No ano seguinte, se viu envolvido em um enorme escândalo amoroso ao trocar a mulher grávida por uma modelo de 21 anos. Fato que lhe custou a braçadeira de capitão do Bayern Munique e da seleção da Alemanha. No Mundial seguinte, dentro de casa, ficou na reserva de Lehmann, que era reserva do Arsenal. Usou a mídia para despejar seu desapontam­ento e seu ódio, mas não recuperou a vaga. Viu a Alemanha ser eliminada na semifinal do banco.

Já Ronaldo guardou em segredo por um tempo o motivo de usar o cabelo inspirado no personagem Cascão, de Maurício de Souza. “Estava com uma lesão na virilha e a imprensa só falava que eu estava mal. Quando cortei o cabelo, só falavam nisso”, disse o atacante em entrevista ao jornal inglês ‘The Sun’.

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