Disposto a não viver drama mexicano, Casemiro adverte que favoritismo é bom rótulo só para a imprensa
Casemiro deu de bico no favoritismo e pregou concentração para evitar que a passagem do Brasil pela Rússia se torne um dramalhão mexicano. Entre o choro de Neymar e a alegria pela classificação, a Seleção experimentou uma diversidade de emoções digna de novela. Sem saber como serão os próximos capítulos, busca o equilíbrio para permanecer no papel de protagonista e manter o sonho por um final feliz. Contra o México, nas oitavas da Copa do Mundo, segunda-feira, às 11h, em Samara, é hora de Neymar, a estrela da companhia, brilhar.
“O favoritismo vem de vocês. Camisa não ganha jogo. Temos o exemplo da Alemanha. Estamos muito tranquilos. Todos os jogadores são de grande nível, de clubes sempre favoritos. Já estamos acostumados a essa pressão. Nós temos sempre muito respeito, tranquilidade e humildade. Temos que jogar muito futebol para ganhar do México”, afirmou Casemiro, que confia em Neymar no papel principal da trama do hexacampeonato: “Se Neymar não joga bem, toma porrada. Se joga bem, é o melhor do mundo. Ele está acostumado e sabemos da qualidade dele. Está fazendo a diferença.”
A camisa não joga, mas pesa. E, na balança da Copa, nenhuma faz tanta carga quanto a verde amarela e suas cinco estrelas no peito. Para envergá-la, é preciso balancear razão e emoção, como os mocinhos das tramas da teledramaturgia, seja no México ou no Brasil, país do futebol, do samba e das novelas.
“Tem que juntar coração e cabeça. Vamos sofrer em alguns momentos, o México vai nos atacar. Temos que ter um equilíbrio”, disse Casemiro.