Alegria de humanos, tormento dos pets
Copa do Mundo exige cuidados redobrados na alimentação, vestimenta e saúde dos bichinhos
Em clima de Copa do Mundo, a atenção aos pets precisa ser redobrada. Além de cuidados com os adereços verde e amarelo, os tutores devem prevenir cães e gatos do barulho causado por vuvuzelas e fogos de artifício. A alimentação também deve ser monitorada nessa época, pois os bichinhos tendem a ‘roubar’ comida das festas e podem desenvolver intoxicação alimentar.
Levantamento realizado na Copa do Mundo de 2014 pelo Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, mostrou aumento de 30% no número de animais internados. Os problemas foram desde intoxicação alimentar até convulsões, ferimentos e descompensação cardíaca.
Segundo a veterinária Joyce Magalhães, o período por si só mexe com o sistema imunológico dos pets. “Com churrascos ou festas em casa, a comida pode cair no chão ou ser dada por um convidado, o que leva a infecções com vômitos ou diarreias”, pondera. O quadro pode evoluir até para desidratação e gerar complicações. Alguns alimentos tóxicos para cachorro e gato são cebola, uva, alho e chocolate. Caso o dono queira integrá-lo às comemorações, é só oferecer um petisco próprio para pets.
Para entrar na onda de festa, mudar o visual do animal é tendência. No entanto, qualquer intervenção no pelo, como mechas coloridas, por exemplo, é preciso recorrer a um profissional. “Só devem ser feitas em pet shops, pois os funcionários receberam treinamento e produtos específicos para não trazer reações alérgicas”, explica Joyce.
Para os bichinhos de pelo curto, tem bandanas, gravatas e adesivos como alternativas práticas e divertidas, além de penteados com elástico e pompons. O cuidado, nesse caso, é para não apertar e nem incomodar o pet. “Alguns se estressam até com pequeno laço”, orienta William Galharde, gerente de estética do Petz, pet shop online. Em um dia quente, a dica é utilizar fitas e bandanas de tecidos mais frescos.
Em época de jogos, o ambiente fica barulhento com cornetas e fogos de artifício. Isso tudo causa descompensação dos animais com problemas cardíacos e até convulsões. “Os pets têm a audição de quatro a cinco vezes mais apurada que dos humanos”, diz a veterinária Joyce. Ela recomenda preparar um cômodo especial, longe do barulho, e com objetos que eles estejam acostumados. Uma música ambiente ou ligar o ar-condicionado também ajuda. “Eles entendem como perigo, ficam inseguros. No pânico, os pets podem ter reações inesperadas e se machucar”. Excepcionalmente a coluna É o Bicho está sendo publicada em outro formato