Dia de jogo do Brasil: é tudo emoção
Asegunda-feira amanheceu esperada, não é como aquelas odiadas: tem jogo do Brasil, o patriotismo invade o coração e tudo é emoção. Vai ou não vai?
A partir das onze, o país entra em expectativa duvidosa: saímos ou ficamos na Copa? Rola aquela apreensão. Trabalhar depois do jogo não vai ser fácil. Se ganhar, a euforia leva o dia na alegria; beber durante o jogo só para aposentado, trabalhador que já transformou a data em feriado ou desocupado de boa. Dizem que é jogo bom, só falta o Brasil ganhar. Essa é só para sonhar. Os mexicanos estão empolgados, cotados como favoritos.
O amigo Mark sai para o trabalho com a cabeça no jogo. Se ganhar vai virar mesmo feriado. “Quem vai assistir ao jogo às 11 quer tomar aquela gelada”, profetiza ele.
Se o jogo é de tarde ou de manhã ou à noite, não quer trabalhar. É o imaginário do cidadão na Copa do Mundo e no Carnaval: esquece a vida dura e se entrega à emoção. Afinal, ninguém segura essa pressão – nem panela de pressão sem válvula de escape consegue.
O clima é de euforia e desgosto, as capas pretas mandaram bala aliviando a turma, vão assistir ao jogo de cervejinha na mão comemorando o Brasil. Quem pode, pode!
O STF está sempre na mídia com carinho soltando os amigos. Não adianta, eles têm cabeça de advogado, dá gosto de ver a astúcia. É um barato a naturalidade com que explicam as invencionices com a lei. “Voltaram a ser Supremos!”, exclamou Gilmar.
Tinham deixado de ser? Sim, a segunda instância prendia a clientela sem esgotamento dos recursos inviabilizando a impunidade. Espertos se aproveitaram da saída de férias e usaram a Copa como boi de piranha, dando seguimento a algum acordo ou àquele arqui tetado por Jucá. Não bastasse, golpearam o colegiado, se tornando uma facção dentro da instituição, furando a agenda da presidente.
Os riscos que corremos hoje oscilam entre a alegria e a tristeza. Tem os que choram na derrota e vibram loucamente na vitória e os neutros, alheios ao futebol mesmo em Copa.
A decisão está nos pés, pernas, cabeça e estratégia da seleção, a responsabilidade é enorme, é como semifinal para o Brasil e sempre há risco do jogo acabar no mata-mata que também pode matar nossas esperanças. Resta torcer, não adianta sofrer.