Max Viana lança CD no Brasil e no Japão
Cantor e compositor regravou ‘Samurai’, canção do pai, Djavan, em meio a repertório autoral em ‘Outro Sol’, o quarto disco
Quando o cantor, compositor e produtor Max Viana nasceu, em 1973, seu pai — ninguém menos que Djavan — estava ainda iniciando carreira como cantor. “Ele tocava bastante em casa nessa época, tinha mais tempo livre. Pedia muito pra ele tocar música pra eu aprender. Foi bom ter um professor de violão em casa!”, brinca Max, que foi guitarrista do pai por dez anos. E lança o quarto disco, ‘Outro Sol’, o primeiro lançado simultaneamente no Japão.
“Eu fui em 2015 fazer uma tour pelo Japão. Fiz sete shows e conheci bastante gente. Incluindo o produtor brasileiro Renato Iwai, que me convidou pra gravar um disco. O papo foi rolando até este ano, quando gravamos as músicas e lançamos”, conta Max, que já tinha parte do repertório pronto e foi acrescentando outras canções depois.
PARCEIROS
‘Outro Sol’ tem colaborações com Pretinho da Serrinha e Leandro Fab, que dividem com ele ‘O Amor Não Acabou’. “Temos uma sintonia natural e trabalhamos bastante juntos, Principalmente com o Pretinho”, conta Max. Dudu Falcão, com quem já havia composto ‘Quadro de Nós Dois’, faz a letra de ‘Tem Nada Não’. Entre canções autorais, aparece também uma releitura de ‘Samurai’, do pai.
BLACK MUSIC
Influenciado pela mescla de MPB com balanço black, Max Viana tem pares como seu xará Max de Castro, Simoninha, Paula Lima. Uma turma de sonoridade radiofônica, mas que em muitos momentos ficou perdida no mercado, em meio a absorção de estilos como hip hop, r&b e até funk.
“Mas acho que a black music tem sido bem representada no país”, acredita Max que é do comitê do Grammy Latino. “O Brasil é muito fértil musicalmente. O fato de, comercialmente, ele ser um país em que há predomínio de alguns estilos não representa a nossa diversidade”.
Falando nisso, boa parte do repertório de ‘Outro Sol’ é bem romântico. Será que com o sertanejo o Brasil não vive uma overdose de música romântica? “O amor é o tema mais recorrente na música mundial. Falar de um jeito mais pessoal é a alternativa. Contar as histórias que eu vi, e algumas que vivi”, relata.