O Dia

Tucano oferece vaga de vice para Henrique Meirelles

PSDB quer partido do presidente Temer na aliança do candidato Geraldo Alckmin

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Ocoordenad­or da précampanh­a do exgovernad­or de São Paulo Geraldo Alckmin à presidênci­a ofereceu ontem a vaga de vice na chapa do PSDB ao ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que é o nome do MDB para a disputa ao Planalto.

Marconi Perillo sugeriu publicamen­te uma aliança de seu partido com o MDB. Foi a primeira vez que um tucano fez esse gesto ao partido do presidente Temer. Meirelles, em entrevista ao Estado de S. Paulo, a princípio, rejeitou a proposta.

“O momento agora é de um líder democrátic­o como o Alckmin e seu partido, PSDB, mais as lideranças políticas e um expressivo representa­nte de mercado com vivência e experiênci­a política, como é Henrique Meirelles”, disse Perillo, em palestra a investidor­es, em São Paulo.

Perillo afirmou que um acordo entre Alckmin e Meirelles seria uma “inovação” e que ambos poderiam ser “os fiadores e comandante­s de uma nova aliança que garanta desenvolvi­mento, cresciment­o econômico e o resgate do nosso Estado de Direito democrátic­o”. Ele também avaliou que PSDB e PT devem retomar a polarizaçã­o ao longo da campanha.

Por sua vez, Meirelles disse não ter sido procurado para conversas recentes pelos tucanos - e negou ter buscado interlocuç­ão com Alckmin e aliados. Ele rechaçou a possibilid­ade de ingressar como vice na chapa do tucano. “Teremos grande satisfação em receber o apoio do PSDB no segundo turno da eleição”, disse o ex-ministro, que era filiado ao PSDB quando foi convidado para ser presidente do Banco Central no início do governo Lula.

O senador Romero Jucá (MDB-RR), presidente do MDB, respondeu a Perillo pelas redes sociais, afirmando que o espaço de vice na chapa de Meirelles está aberto a composiçõe­s com partidos de centro. “O MDB continua firme com a candidatur­a de Henrique Meireles. O espaço de vice na chapa está aberto a entendimen­tos com o centro”, escreveu, em movimento destinado a valorizar o passe do ex-ministro numa eventual composição.

Na pesquisa CNI/Ibope divulgada na quinta-feira passada, Alckmin é o quarto colocado, com 6% das intenções de voto; Meirelles tem 1% - no cenário sem a participaç­ão do ex-presidente Lula.

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ALEXANDRE BRUM / AGENCIA O DIA AFP PHOTO / EVARISTO SA Alckmin e Meirelles podem formar aliança para chapa de centro

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