O Dia

Após pente-fino, INSS do Rio cancela hoje 3.500 benefícios

Última chance para quem ainda não regularizo­u a situação na Previdênci­a Social. Veja como proceder.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Mais de 3,5 mil aposentado­rias por invalidez e auxílios-doença serão canceladas, caso os segurados que moram no Rio não passem pelo pente-fino do INSS. O prazo para que regularize­m a situação termina hoje. Em todo o país, serão cessados 29.045 benefícios que já foram suspensos pelo fato de os titulares não terem feito perícia médica. A marcação do exame para evitar o cancelamen­to definitivo deve ser feita pela Central de Atendiment­o 135.

Esse grupo de segurados de auxílio-doença e aposentado­ria por invalidez foram convocados pelo pente-fino do INSS em 12 de abril, mas tiveram os pagamentos suspensos em 4 de maio. Eles ganharam mais 60 dias para procurar a agência do INSS neste prazo.

No Rio, tiveram os nomes publicados no Diário Oficial, 13.880 segurados, sendo 11.023 aposentado­s por invalidez e 2.857 em auxílios-doenças, em abril. Desse total, de acordo com o INSS, 10.307 atenderam à convocação na ocasião e 3.573 foram suspensos. Em todo país, de 152.269 convocados pelo pente-fino, 123.224 agendaram perícias.

Os segurados foram chamados via cartas enviadas para que beneficiár­ios de auxíliodoe­nça que estão há mais de dois anos sem passar por perícia médica e para os aposentado­s por invalidez com menos de 60 anos de idade fizessem perícia nos postos do INSS. O objetivo do governo é fazer avaliação para verificar se as pessoas ainda fazem jus ao pagamento dos benefícios.

META DO PENTE-FINO

A meta do governo é fazer um pente-fino em 1,2 milhão de benefícios por incapacida­de ao longo de 2018, sendo 273.803 de auxílio-doença e 995.107 de aposentado­rias por invalidez.

O corte de benefícios foi duramente criticado pelo advogado Herbert Alencar, presidente da Comissão de Direito Previdenci­ário da OAB/Barra.

“O INSS não poderia, simplesmen­te, cortar benefícios. O órgão poderia cessar o pagamento somente após a perícia”, avalia.

Alencar orienta quem teve o benefício suspenso a ligar para a Central 135 e esclarecer que não pode comparecer à perícia e remarcar.”O problema é o prazo que irão marcar, porque alguns já na concessão têm data de cessação definida, a chamada DCA (Data se Cessação Administra­tiva)”, avalia. “Caso o INSS não restaure o benefício, deve ir à Justiça”.

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FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL Alberto Beltrame: beneficiár­ios precisam passar pelo exame

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