O Dia

Policial militar de São Paulo sofre ataques homofóbico­s

Vídeo no qual soldado Prior beija outro homem em trem detonou as reações

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Osoldado da Polícia Militar de São Paulo Leandro Barcellos Prior pediu afastament­o da corporação após a divulgação de um vídeo no qual aparece beijando outro homem. Ele teria recebido ataques homofóbico­s virtuais e ameaças de morte após a divulgação das imagens. No vídeo, o rapaz aparece mexendo no celular e conversand­o com um amigo enquanto ambos estão dentro de um vagão do metrô. Em determinad­o momento, eles trocam um “selinho”.

Segundo seu advogado, José Beraldo, Prior pediu afastament­o da PM por estar “fortemente abalado”. O policial está em uma clínica de repouso e sob tratamento com calmantes por ter passado por um “estresse profundo”.

Nas imagens, Prior veste a farda da polícia, na qual está identifica­do como ‘SD PM Prior’. De acordo com o advogado, o PM está na corporação há quatro anos. Antes disso, residia no litoral norte paulista, onde chegou a ser candidato a vereador.

Beraldo afirmou que iria registrar um boletim de ocorrência para denunciar os ataques e as ameaças de morte recebidos por Prior. Segundo ele, a maioria das ameaças é de desconheci­dos, inclusive de supostos policiais de “alta patente”. “Ele não pode ser hostilizad­o. É um crime homofóbico gravíssimo”, disse.

A PM informou que Prior está afastado para “tratamento de saúde”, a pedido dele. “As ameaças feitas ao PM pelas redes sociais, com conotação homofóbica, estão sendo apuradas”, informou a instituiçã­o, que vai investigar também se a postura do policial era compatível com os “procedimen­tos de segurança”.

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REPRODUÇÃO PM vai investigar ameaças ao PM

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