O Dia

O grito da independên­cia

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O dia da independên­cia dos Estados Unidos é o feriado mais comemorado pelos americanos. A terra dos bravos e da liberdade sediava em 1994 sua primeira Copa do Mundo. E, para um país que até então não tinha a menor tradição com a bola nos pés, alcançar as oitavas de final era um feito e tanto. O adversário era o Brasil e o jogo tomou força e corpo porque seria justamente disputado no dia da independên­cia.

Na hora do hino, o Stanford Stadium, em Palo Alto, veio abaixo com a torcida da casa cantando a plenos pulmões, em meio a uma batucada genuinamen­te brasileira, ritmada pelo famoso “Ê, lelê ô, lelê ô, lelê ô, lelê ô, BRASIL!”.

O que era para ser um jogo relativame­nte tranquilo, mostrouse enrascado para os brasileiro­s, que não conseguiam criar e ainda se viram em apuros na defesa. No Bebeto, autor do gol, comemora com Romário após marcar diante dos EUA, pelas oitavas: vitória no sufoco fim do primeiro tempo, um lance que mudou o jogo. Leonardo acertou uma cotovelada na têmpora de Tab Ramos e recebeu o vermelho. A pancada foi tão violenta que o americano teve uma convulsão. Com menos um, o técnico Carlos Alberto Parreira não mexeu no time para o segundo tempo. Preferiu se fechar um pouco mais na defesa para esperar um ataque fatal. E foi o que aconteceu. Aos 28 minutos, Romário recebeu no círculo central, arrancou, se livrou de um marcador e achou Bebeto no meio da defesa. Uma batida cirúrgica que entrou rente à trave do goleiro Meola.

Era o grito da nossa independên­cia naquela Copa do Mundo, que nos empurrou para às quartas. Na comemoraçã­o, Bebeto sintetizou o sentimento de toda uma nação por Romário: “Eu te amo!”

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DE VÍDEO REPRODUÇÃO

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