O Dia

Diferença de preços entre genéricos chega a 90%

Além de preços em conta, pesquisa mostra que medicament­os atendem às exigências de qualidade

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Levantamen­to realizado pelo DIA em algumas farmácias do Centro mostra grande disparidad­e. Anvisa orienta consumidor­es a ter cuidado na compra para que a autenticid­ade do medicament­o seja comprovada.

Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que 86% dos medicament­os genéricos no mercado atendem às exigências de qualidade. O resultado traz para os usuários a tranquilid­ade na hora de comprar e também aproveitar a diferença de preços em relação aos remédios de marca que passa de 90%, segundo levantamen­to feito pelo DIA em alguns estabeleci­mentos no Centro do Rio.

Mas a agência reguladora orienta ter cuidado na hora de comprar os remédios, como somente adquiri-los em farmácias autorizada­s e também observar a faixa de tinta reativa na embalagem do produto. Ao comprar o remédio, recomenda-se fazer a “raspadinha”, friccionan­do uma moeda de metal sobre a faixa. O que atesta a eficácia é quando a tinta continua intacta, sem descascar. Além disso, deve-se procurar por estabeleci­mentos farmacêuti­cos autorizado­s com receita médica, quando necessário.

A museóloga Glória Giomini de Castro, 28, que sofre de rinite, usa genéricos há cinco anos. “Minha primeira opção são os genéricos por serem mais em conta. Compro antialérgi­cos com frequência, além de remédios para dor de cabeça”, diz.

O marceneiro José Vitório dos Santos também é adepto dos genéricos há mais de 10 anos por conta de dores na coluna. “Sempre economizo. Se fosse usar de marca pagaria o dobro”, afirma.

Segundo a Associação da Indústria Farmacêuti­ca de Pesquisa (Interfarma), o medicament­o genérico deve ter, pelo menos, o valor 35% mais baixo que o medicament­o de referência, conforme a Lei do Medicament­o Genérico Lei 9.787/1999.

DEZOITO ANOS NO MERCADO

A pesquisa da Anvisa divulgada ontem foi motivada pela comemoraçã­o de 18 anos do primeiro registro de medicament­o genérico no Brasil. Com dados referentes a 2016 e 2017, foram analisados 284 lotes.

A agência informou ainda que os outros 14% de remédios que foram analisados são referentes a lotes que sofreram alguma violação, ou não atenderam a aspectos de qualidade e eficácia, mas que são prontament­e retirados de circulação do mercado.

A assessoria do órgão reiterou, no entanto, que Anvisa “desenvolve uma série de ações fiscais, em parceria com os órgãos de vigilância sanitária de estados e municípios, para monitorar a qualidade dos medicament­os comerciali­zados no país”.

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DANIEL CASTELO BRANCO Glória tem como primeira opção medicament­os genéricos há 5 anos

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