O Dia

A família que é uma verdadeira Copa

Apaixonado­s por futebol, o belga Marc e a brasileira Bianca já rodaram o mundo juntos, mas hoje estarão em lados opostos

- Alysson.cardinali@odia.com.br

Uma história romântica com roteiro digno de Copa do Mundo: eles se conheceram em 2010, no Brasil, onde se casaram. Por questões profission­ais, foram morar no Uruguai, em 2013, vivem no México, desde 2015, e já estão de malas prontas rumo a Luxemburgo. Um amor que gerou dois filhos — Julie, de 2 anos, e Leon, de 8 meses — e os une, também, ao futebol. Pelo menos até a bola rolar para Brasil e Bélgica, hoje, em Kazan. Afinal, o belga Marc Dufour, de 39 anos, e a carioca Bianca Lima Dufour, de 30, prometem torcer muito por suas seleções na busca pela vaga nas semifinais do Mundial. Mesmo a distância.

“É o primeiro jogo nesta Copa que não veremos juntos”, lamenta Bianca, já que o marido, engenheiro mecânico, está em Guadalajar­a, onde desenvolve um projeto, e ela, na Cidade do México, onde mora a família Dufour. “Melhor assim. Pelo menos não haverá crise no casamento”, brinca.

Bianca acrescenta: “Vou ficar triste com a derrota deles, mas vamos vencer por 2 a 1, com gols de Coutinho e Neymar. Os belgas vão fazer um golzinho com Lukaku para ficarem felizes”, diz a rubro-negra, sem esconder sua paixão pela Amarelinha. “Nunca conseguiri­a não torcer para o Brasil. Está no sangue”, revela, lamentando as duas equipes não se encontrare­m na final do Mundial.

“Queríamos esse cruzamento mais para a frente na Copa. O jogo, agora, é muito cedo. Mas quem mandou a Bélgica vencer a Inglaterra? A verdade é que eles estão com medo da gente”, frisa Bianca.

Ao saber, por telefone, das ‘alfinetada­s’ de sua mulher, Marc não deixou barato. “Vai ter muita direito a gol mal anulado de Wilmots. “Seremos campeões do mundo”, vaticina.

Marc também lamenta não estar ao lado de Bianca hoje. Afinal, os dois, juntos, acompanhar­am, in loco, as Olimpíadas de Londres-2012 e do Rio-2016, bem como a Copa de 2014, no Brasil, e adoram esporte.

“Fico um pouco triste de não poder compartilh­ar estes momentos com ela. Vai ser um dia ‘doce-amargo’ para os dois, ver um time ganhar e o outro perder, mas depois vamos torcer, lado a lado, por quem vencer”, avisa.

Bianca também sentirá falta de Marc. “Mas terei a companhia dos meus filhos e de nossas cachorrinh­as ‘uruguaias’ Lila e Lola”, diz Bianca, que até encomendou uma ilustração para celebrar as aventuras dos Dufour pelo mundo. “Somos uma família internacio­nal”, festeja Bianca, pronta para ver o Brasil brilhar hoje e se manter na luta pelo hexacampeo­nato.

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FOTOS ARQUIVO PESSOAL
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