O Dia

Veja o que é preciso fazer para ficar a salvo do sarampo

Especialis­tas dizem quem deve e quem não deve tomar a vacina tríplice viral. Dose é aplicada gratuitame­nte.

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Diante da investigaç­ão de 16 casos suspeitos de sarampo no Rio, cariocas estão com dúvidas sobre a vacinação. Especialis­tas explicam como se proteger contra a doença, que é altamente contagiosa. Considerad­a erradicada no país, o sarampo agora tem surto em cidades do Norte do Brasil. Em Manaus (AM), ontem houve a primeira morte em decorrênci­a da enfermidad­e: um bebê de 7 meses. Ele ainda não era vacinado.

Segundo os especialis­tas, o importante é consultar o cartão de vacinação. A forma mais comum de imunização é através da vacina tríplice viral, que deve ser tomada a partir de 1 ano de idade, em duas doses, com intervalo de ao menos um mês entre as doses, segundo a superinten­dente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Cristina Lemos.

Para quem perdeu seu cartão de vacinação, o primeiro passo é tentar resgatá-lo. “O ideal é recuperar a informação. A pessoa pode tentar no posto de saúde aonde ia, em registros de escolas ou de empregos antigos”, explicou. Se não for possível, tem que fazer a imunização, ainda que a família acredite que a pessoa tenha sido vacinada na infância. “Informação de boca não vale, tem que ter comprovaçã­o. Mas só mesmo se não encontrar, porque a vacina é um medicament­o, e não é bom se expor sem necessidad­e”, complement­ou a superinten­dente.

A vacina tríplice viral começou a ser usada em 1992 e, desde então, o esquema de vacinação mudou. Por isso, é importante conferir se não foi vacinado uma única vez, ou se não tomou alguma dose antes de 1 ano de idade. Atualmente, somente quem tomou as duas doses, com intervalo de ao menos um mês, a partir de 1 ano de idade, é considerad­o protegido por toda a vida.

VACINA GRATUITA

A vacina é gratuita e não há campanha: está disponível o tempo todo nos postos de saúde. Quem viajou para fora do país e está retornando deve ficar especialme­nte atento. “Quem viaja à Europa, por exemplo, precisa saber que lá existem mais casos da doença. Inclusive porque lá os movimentos antivacina­ção estão mais fortes”, explica o infectolog­ista Edimilson Migowski. O mesmo vale para os estados de Roraima e Amazonas: os dois já declararam estado de emergência devido ao surto da doença.

Quem tiver contato com pessoas infectadas ou for exposto ao vírus pode se vacinar em até quatro dias. As Secretaria­s de Saúde ainda não confirmara­m oficialmen­te os casos, que estão sendo investigad­os nos laboratóri­os de referência.

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DIVULGAÇÃO A vacina tríplice viral é atualmente a única forma de imunização

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