O Dia

Sai, capeta!

Diante dos Diabos Vermelhos, como é conhecida a seleção da Bélgica, o Brasil espera um Neymar muito inspirado para exorcizar rivais e garantir vaga na semifinal. Uruguai e França fazem o outro duelo de hoje das quartas.

- Kazan

Contra uma seleção promovida a geração, o Brasil aposta na essência do futebol pentacampe­ão do mundo. Se a Bélgica deposita no time de Hazard, Lukaku e De Bruyne a esperança de voltar a disputar uma semifinal de Copa, a Seleção de Tite traz a marca do país que sempre encantou o planeta com a bola nos pés. Hoje, às 15h, Neymar & Cia terão que provar serem os legítimos herdeiros do Rei Pelé para impedir que os belgas, comandados por Roberto Martínez, se firmem entre os maiores da Copa.

A Bélgica tem uma geração especial. Os brasileiro­s, porém, fazem parte de uma linhagem real do futebol. Além de Pelé, carregam no DNA um pouco de Didi, Garrincha, Romário e Ronaldo. Nomes que representa­m as cinco estrelas no peito da camisa amarela. Da arte do improviso que corre no sangue brasileiro, Tite espera que nasça a vitória que deixará seu time mais perto do hexa.

“Tem uma caracterís­tica marcante no último terço do campo: tem muito drible. Douglas, Neymar, Gabriel Jesus, Taison, Coutinho, Willian, todos eles têm isso. O técnico trabalha para organizar, sem bola, a construção e parte média, para na frente termos diferentes formas e incentivar o drible, a finta, a magia. Para podermos fazer gol”, afirmou o treinador.

A aposta na natureza do futebol nacional leva Tite à decisão de escalar Marcelo nas quartas de final. Filipe Luís, num estilo à europeia, deu segurança ao setor defensivo, mas é o lateral do Real Madrid que carrega em si a brasilidad­e.

Cabe a Neymar a posição de príncipe. E como tal, mesmo longe de poder sentar no trono de Pelé, tem a missão de trazer mais uma joia à coroa brasileira. A fim de cumprir essa etapa, o camisa 10 usará como arma o drible, fator hereditári­o a quem veste a amarelinha, sem perder o equilíbrio que, se não veio nos genes, tem sido assimilado no processo educativo de Tite.

“Conversei com profission­ais por quem eu tinha admiração, um deles foi Carlos Bianchi. Ele disse que uma virtude de grande equipe era ser mentalment­e forte e ter equilíbrio. Aquilo ficou marcado”, revelou o técnico.

A geração belga mira o título para ser aceita entre a nobreza da bola. A taça do mundo, no entanto, reluz a história daquele que não gerou o esporte mais popular da Terra, mas o adotou a ponto de ganhar o título de país do futebol. Pai, como bem se sabe, é quem cria.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ?? Neymar foi festejado pela torcida brasileira na chegada da Seleção a Kazan
Neymar foi festejado pela torcida brasileira na chegada da Seleção a Kazan

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil