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Treinador evita especular sobre futuro no cargo. Apagado em campo, Neymar se nega a falar com a imprensa

- > Kazan

A seleção brasileira não jogou mal ontem e teve chances de gol, mas ficou longe do desempenho esperado pela torcida. A Bélgica soube se defender e chegou a seus gols com Fernandinh­o, que marcou contra, e De Bruyne. Renato Augusto descontou: 2 a 1. Torcedores brasileiro­s, em grandes aglomeraçõ­es, como na Praça Mauá e no Alzirão, sofreram ao longo da partida. Muitos choraram quando o juiz terminou o jogo. O sonho do hexa fica para a Copa de 2022, no Catar.

Sem vencer uma seleção europeia em mata-mata na Copa desde 2002 (Inglaterra), o Brasil pela primeira vez sofreu dois gols em 26 partidas sob o comando de Tite e teve a sua primeira derrota oficial (a outra foi em amistoso diante da Argentina). Apesar da dor da precoce eliminação, a avaliação do grupo de jogadores é que o trabalho foi positivo. Neymar, porém, não deu sua opinião, já que, de cara fechada, passou pela zona mista sem conceder entrevista — ele só falou uma vez no Mundial, porque, eleito o melhor em campo, teve que dar coletiva seguindo o protocolo da Fifa.

Tite falou, mas não fez uma análise de seus dois anos e meio de trabalho pela Seleção. “O tempo vai dizer qual é o legado. Agora fica a emoção do jogo. Quando passarem 15 dias, a gente terá o discernime­nto para fazer a avaliação”, desconvers­ou o treinador, que também não quis abordar seu futuro, apesar de estar cotado para permanecer por mais quatro anos no comando da seleção brasileira.

Abatidos com a eliminação nas quartas de final, os jogadores lamentaram muito as chances desperdiça­das, mas, no geral, viram pontos positivos na campanha brasileira. “O balanço é mais positivo do que negativo. Acertamos mais do que erramos. Saímos de cabeça erguida”, afirmou Alisson.

Marcelo também foi na mesma linha, mas viu falta de concentraç­ão da equipe para tomar os dois gols: “Saímos com a cabeça erguida. É um dia duro, o sonho foi embora. Faltou concentraç­ão no início, algumas bobeiras que tivemos”.

Com Neymar calado, sobrou para os mais experiente­s darem explicaçõe­s sobre o que aconteceu. Um dos mais abalados, Paulinho, que também

esteve presente na Copa de 2014, disse ter sentido mais a eliminação na Rússia pelo que o Brasil apresentou: “Essa está sendo a mais difícil pela forma como aconteceu, lutando até o último segundo, fizemos tudo o que era possível.”

Para Renato Augusto, o principal problema do time brasileiro foi após ter sofrido o primeiro gol: “Influencio­u um pouco (na questão emocional). Mas a Bélgica tem os seus méritos também.”

Nas últimas duasCopas,o centroavan­te do Brasil fez um gol: Fred, em2014.Já Jesus não marcou

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 ??  ?? Com a bola sob o braço, Renato Augusto vibra após marcar o gol do Brasil em Kazan
Com a bola sob o braço, Renato Augusto vibra após marcar o gol do Brasil em Kazan
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