O Dia

Crianças sofrem mas a derrota pode ser educativa

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> Dezesseis anos. Esse é o tempo que o Brasil acumula sem soltar o grito de campeão do mundo. E devido à eliminação de ontem, o jejum de 20 anos está garantido, ao menos até a próxima Copa em 2022. Com isso, uma geração inteira ainda não pôde sentir a alegria de a Seleção trazer a taça para casa.

Essa falta expressa a tristeza dos brasileiri­nhos após o fim da partida. Crianças como o Julio Duarte, de 13 anos, que chorou ao ver a Seleção eliminada. “O Brasil estava muito desarrumad­o, a zaga estava muito ruim”, reclamou o jovem aos prantos.

A neuropsicó­loga Ilma da Silva Torres analisou a questão pela perspectiv­a das consequênc­ias que uma derrota marcante como essa pode gerar. “Os pais devem ensinar seus filhos a lidar com o fracasso. É preciso destacar o valor do esforço, da perseveran­ça, da paciência, para superar os impediment­os e alcançar os objetivos”, recomenda Ilma. “Não acredito que a eliminação crie um recalque a longo prazo. Somente para as pessoas que acham que devem ganhar sempre”, conclui a especialis­ta.

Apesar do baque, a esperança continua para a pequena Isabella Martins, de 9 anos. “Eu estou muito triste com a derrota do Brasil. Mas na próxima estarei torcendo para ver ele ganhando”, diz a menina cheia de esperança.

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