Nas costas, o estigma dos 7 a 1
Brasil Bélgica Vestindo a camisa 17, Fernandinho, personagem da tragédia do Mineirão, faz gol contra
Tite inocentou Fernandinho e evitou qualquer tipo de caça às bruxas. Sem a combatividade do titular Casemiro, o camisa 17, um dos quatro remanescentes da derrota por 7 a 1 para a Alemanha que estavam em campo, marcou um gol contra e não parou Lukaku no contra-ataque que terminou no chute certeiro de De Bruyne.
“Fernandinho joga muito e exerce a mesma função no City. Tivemos dois terços do jogo na nossa mão, com equilíbrio emocional de jogar com 2 a 0 atrás. Antes de tomar o gol já tinha tido duas chances reais”, afirmou o treinador. Mesmo eliminado, ele ressalta a importância de o grupo manter a serenidade diante do fracasso: “Tenho que ter discernimento para passar aos atletas a capacidade de absorver um golpe forte. E manterem o discernimento para construir. Temos que analisar o conjunto da obra.”
Para Tite, a análise no futebol precisa ser sempre coletiva. Por isso, prefere exaltar a qualidade da afamada geração belga a expor os erros individuais que minaram as possibilidades da classificação do lado brasileiro. De acordo com o treinador, a Seleção conseguiu manter o equilíbrio emocional, mesmo em desvantagem no placar.
“Quero fazer uma análise geral do jogo e não vou entrar em individualidade porque é desumano. A gente tem que olhar os dois lados da moeda e olhar o contexto, como conjunto. Do outro lado havia uma equipe de qualidade. Tivemos grande parte do jogo dominando, criando oportunidades. Na efetividade, a Bélgica traduziu isso em gols, mesmo com menos chances”, analisou o técnico.
Além de Fernandinho, Marcelo, Paulinho e Willian estavam entre os jogadores que atuaram ontem e na derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal em 2014, no Brasil.