O Dia

Câmeras flagram mulheres em cadeia

Imagens do circuito interno mostram a entrada de três moças em Benfica. Denúncia de orgia é apurada

- ADRIANA CRUZ adrianacru­z@odia.com.br

Imagens captadas por câmeras mostram três mulheres entrando na Cadeia Pública Casa de Albergado Crispim Ventino, em Benfica, no final do mês passado. As gravações do circuito interno de TV posicionad­o no Instituto penal Oscar Stevenson, que fica em cima da Ventino, rede forçam a denúncia de orgia com prostituta­s na unidade. Há suspeita ainda de que, na ocasião, houve churrasco regado a bebidas e não há registro no livro de plantão da entrada das moças, conforme apurado pelo DIA.

As investigaç­ões estão sendo conduzidas pela Corregedor­ia da Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria que promete rigor na apuração e punição aos servidores plantão, se comprovada a denúncia. O caso foi divulgado pelo blog Tribuna Penitenciá­ria, que vinculou uma imagem de um site pornô, sem qualquer tipo de crédito, atribuindo isso à suposta festa ocorrida dentro da unidade prisional, semana passada. A conduta do responsáve­l pelo blog também virou alvo de investigaç­ão.

Três agentes penitenciá­rios suspeitos de envolvimen­to

Corregedor­ia promete rigor na apuração e punição, se comprovada irregulari­dade

no caso foram afastados da Crispim Ventino. Eles respondem a uma sindicânci­a. Em nota, a Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap) esclareceu que “todos os fatos estão sendo apurados pela Corregedor­ia. A Seap informa ainda que, no momento, não acontecerá divulgação de informação para não atrapalhar as investigaç­ões”.

Farras também foram alvos de investigaç­ão na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Houve denúncias de visitas íntimas irregulare­s, entrada de iguarias, como camarões e queijos, além de ter sido encontrado, pelo Ministério Público, uma cela com decoração de motel para os encontros, como o Informe do DIA publicou. Na época, estavam no local presos da operação Lava Jato, como ex-secretário­s de estado e até parlamenta­res, que, desde maio, foram transferid­os para o Complexo de Bangu, como forma de reprimir as regalias.

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