O Dia

Presos de Japeri tinham alambique

‘Fábrica’ estava em cela e foi achada em inspeção, que teve apreensão de drogas

- FRANCISCO EDSON ALVES falves@odia.com.br

Um alambique foi descoberto ontem dentro de uma das celas do Presídio Cotrim Neto, em Japeri, na Baixada Fluminense. A inusitada ‘fábrica’ de cachaça artesanal foi encontrada durante revista nas unidades do complexo, feita por agentes da Superinten­dência de Inteligênc­ia da Secretaria de Estado de Administra­ção Penitenciá­ria (Seap), em conjunto com a Coordenaçã­o de Unidades Prisionais do Grande Rio e a direção do próprio presídio.

O flagrante, que resultou também na apreensão de 203 papelotes de cocaína, três invólucros maconha, cinco celulares e uma bateria, surpreende­u o secretário da Seap, o delegado David Anthony, pela ousadia.

“Graças a essas ações conjuntas, estamos atentos para coibir qualquer irregulari­dade dentro dos presídios, seja ela qual for”, afirmou Anthony, ressaltand­o que caberá agora à Corregedor­ia da Seap “apurar responsabi­lidades”.

Especialis­ta no assunto, José Vicente Filho, ex-secretário Nacional de Segurança, também se mostrou surpreso. “Demonstra ainda falhas graves no sistema prisional do Rio. A Seap deve investir, sobretudo, em mais rigor e tecnologia­s na porta de entrada dos presídios”, opinou José Vicente.

“É inadmissív­el que um esquema desses (com pelo menos seis baldes, garrafas de vidro e de alumínio, mangueiras e até um fogareiro improvisad­o para fermentaçã­o e destilação de cana) passe despercebi­do. Ainda mais pelo cheiro inconfundí­vel de aguardente”, completou Vicente.

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DIVULGAÇÃO Garrafas e baldes eram utilizadas

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