O Dia

Previsão de déficit do Rioprevidê­ncia este ano cai de R$ 11 bilhões para R$ 3 bilhões

Melhora na entrada de recursos que vêm de royalties de petróleo reforça o fundo de aposentado­rias

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Oaumento da arrecadaçã­o de royalties e Participaç­ões Especiais (PE) do petróleo somado a medidas de ajustes tomadas pelo Estado do Rio vai reduzir em R$ 8 bilhões o déficit previdenci­ário do estado em 2018. A estimativa anterior era de o Rioprevidê­ncia fechar este ano com um buraco de R$11 bilhões, e, agora, é de R$ 3 bilhões, informou o presidente do órgão, Reges Moisés dos Santos. Na prática, ainda que a situação não seja de equilíbrio, apresenta melhora e, consequent­emente, mais dinheiro para assegurar pagamentos de aposentado­rias e pensões.

Por lei estadual, recursos de royalties e PE de petróleo vão para o caixa da previdênci­a. E a alta do preço do barril brent, que chegou a cerca de US$ 70 (dólares) este ano, alavancou a receita do Rio. Em janeiro, a média do valor do barril foi de US$ 62,62, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombust­íveis (ANP).

Tudo isso levou o Rioprevidê­ncia a refazer a projeção do déficit. O presidente da autarquia ressaltou que, além do cresciment­o da receita, medidas do Regime de Recuperaçã­o Fiscal (RRF) colaborara­m para esse resultado.

“Tivemos a captação de R$ 1,8 bilhões (de antecipaçã­o de royalties, prevista no RRF); aumento da alíquota de 11% para 14% (que a Justiça suspendeu); e a elevação da arrecadaçã­o de royalties”, disse Santos, que detalhou:

“O aumento efetivo da receita entrou na projeção (recalculad­a) para este ano. Por exemplo, em 2017, quando fizemos a estimativa para 2018, o brent estava em torno de US$ 50 e US$ 40, o que levou ao déficit de R$ 11 bi. Hoje, com todas as medidas e o que está entrando a mais, chegamos a R$ 3 bi. Não só a arrecadaçã­o aumentou, como a projeção também”.

Sobre a possível segurança de dinheiro para quitar aposentado­rias e pensões, ele frisou que “a garantia é imediata”. E lembrou que ainda existe déficit, portanto, a previdênci­a continua dependendo do Tesouro.

NÚMEROS DA CRISE

Para se ter uma ideia do cresciment­o dessa receita nos últimos meses, de janeiro a maio deste ano, a previdênci­a arrecadou R$5,233 bilhões, quase o número alcançado no ano inteiro de 2015, que foi de R$ 5,294 bilhões — resultado que recuou 39% em relação ao de 2014 (de R$8,705 bilhões). Os números são da ANP.

Depois, em 2016 — quando estourou a maior crise financeira do Rio — o governo fluminense viu a arrecadaçã­o previdenci­ária despencar ainda mais. Naquele ano, a receita chegou a R$ 3,493 bilhões: uma queda de 34% frente a 2015.

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AGÊNCIA O DIA
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Todos os pedidos para concessão de pensões e aposentado­rias serão concentrad­os na autarquia, que vai uniformiza­r os procedimen­tos

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