Acusado pela mor te de bancária, ‘Doutor Bumbum’ responde por homicídio
Médico procurado pela morte de bancária após procedimento estético tem acusação de homicídio
Médico Denis César Barros Furtado é procurado pela polícia por causa da morte de Lílian Calixto, após procedimento estético irregular realizado dentro do próprio apartamento. Ele já foi preso por porte ilegal de arma, crime contra a ordem pública, entre outros.
Omédico Denis Cesar Barros Furtado, que está sendo procurado pela polícia pela morte de Lilian Calixto, após a realização de um procedimento estético irregular, tem várias passagens pela polícia, uma delas por homicídio. Ele é acusado de fazer a bioplastia nos glúteos (injeção de produto para aumentar o volume) de forma irregular, dentro do apartamento em que mora na Barra da Tijuca.
Lilian, de 46 anos, era gerente de banco em Cuiabá, em Mato Grosso, e viajou ao Rio para realizar a intervenção estética, no sábado. Segundo policiais, a família de Lilian teria dito que ela não sabia que o procedimento seria dentro da residência. Após o procedimento, a paciente passou mal e foi levada para o Hospital Barra D´Or pelo próprio médico, acompanhado da mãe, da namorada e de uma secretária dele. Imagens de câmeras de segurança mostram Lilian chegando ao hospital acompanhada do grupo. Ela deu entrada às 23h de sábado e morreu a 1h de domingo.
O primeiro registro criminal de Denis, de 45 anos, ocorreu em 1997, acusado de homicídio. Seis anos depois, em 2003, ele foi preso por porte ilegal de armas. No mesmo ano, ele foi detido por crime contra a ordem pública. Em 2006, novamente, ele teve outra anotação por resistência à prisão. Em 2007, Denis novamente foi preso por resistência, violação de domicílio e exercício arbitrário de próprias razões (ele invadiu uma casa e agrediu o morador por conta de uma dívida).
A mãe de Denis, Maria de Fátima Barros Furtado, também é médica e teve o seu registro cassado no Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) em 2015. A polícia apreendeu o veículo em que o médico e teria socorrido a paciente e um segundo carro onde havia medicamentos usados nos procedimentos.
Após a confirmação da morte de Lilian, um policial civil foi a um shopping na Barra para localizar Denis. O médico fugiu de carro assim que o policial se identificou. O carro foi encontrado depois.
Ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada, assim como Maria de Fátima Furta- do, mãe de Denis, que teve o registro no Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) cassado em 2015. Ambos estão foragidos. A defesa de Denis afirmou que a medida é precoce e que ninguém pode ser considerado culpado antes do julgamento.
As prisões foram decretada pelo juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital. A namorada de Denis, Renata Fernandes Cirne, de 19 anos, que trabalhava como secretária dele, foi presa no domingo. “Ele falou que o procedimento era ambulatorial e que não precisava de sala de cirurgia. Não sabia que era uma prática irregular. Eu só obedecia ordens dele, marcava consulta e ligava para os pacientes”, disse ela. A polícia, no entanto, diz que ela se passava por técnica de enfermagem, mas não tinha formação. O juiz negou prisão a Rosilane da Silva, empregada doméstica do médico.