O Dia

Preso por engano é finalmente solto

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O motorista de aplicativo Antonio Carlos Rodrigues Junior, 43 anos, preso ao ser confundido com um assaltante que roubou a cônsulgera­l adjunta da Venezuela, foi solto, na sexta-feira à noite, da Cadeia de Benfica. A família aguardava a liberação dele desde o início da noite, quando o alvará de soltura foi expedido pela Justiça. Antonio Carlos estava detido há uma semana, conformeO DIA noticiou com exclusivid­ade.

Na porta, fez acusações de racismo pelo que passou. “A sociedade foi, é e sempre vai ser racista. A Justiça é cega e falha”, disse.

A esposa Ingrid Luna, 25, que estava fazendo vigília, só quer matar saudades e retomar a vida de antes. “Quando eu o vi, pela fresta do portão do presídio, gritei que o amava e que nunca o abandonari­a. Ele só chorava”, conta.

A família e os amigos o receberam cantando versos da música “A Amizade”, do grupo Fundo de Quintal. Ele alegou que quando estava na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo teria sido maltratado por um policial civil. Ela pede que o erro seja reparado. “A gente quer que a Justiça pague pelo que fez”, disse.

A Corregedor­ia Interna da Polícia Civil abriu sindicânci­a para apurar o caso que acabou com um inocente preso no lugar do ladrão que participou do roubo à cônsul-geral da Venezuela. Antonio Carlos ficou preso sete dias após relatório apontar que ele tinha “caracterís­ticas semelhante­s” com o autor que aparecia nas imagens do roubo.

“Vamos verificar se houve irregulari­dade na análise das provas, ouvir todos os envolvidos na investigaç­ão para saber se houve efetivamen­te elementos que indicassem para aquele homem, que infelizmen­te foi preso”, disse o corregedor Gilson Emiliano.

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