PM NÃO FAZ RESGATE EM FAVELA E PM É ASSASSINADO
Valor é de até R$ 300 mil mas investimento previsto em TAC pode chegar a R$ 400 milhões
Cabo Samuel Ribeiro, 40 anos, foi abordado por criminosos e levado para o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, onde foi morto. Irmão diz que ligou para 190, mas resposta foi que polícia não poderia agir.
ACompanhia Siderúrgica Nacional (CSN) será multada — em até R$ 300 mil — pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por poluição gerada pela Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda, no Sul do Fluminense. Em nota, o órgão informou que técnicos constataram “emissões fugitivas pontuais” no processo de produção de aço, conforme a própria empresa admitiu no domingo.
“Foi emitido um auto de constatação, que pode gerar uma multa de até R$ 300 mil”, informou o instituto, ressaltando que, com a intenção de se buscar uma “solução definitiva do fim dos incômodos que a CSN tem causado à população”, um novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), está sendo elaborado. O documento deve ser submetido à aprovação da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), no dia 20 de setembro.
“(O TAC) Inclui investimentos que podem chegar a R$ 400 milhões, e que envolvem, dentre outras obrigações, a modernização dos equipamentos de controle de emissões fugitivas e poluentes no ar”, detalha um trecho da nota.
A concessão de uma nova Autorização Ambiental para o funcionamento da UPV, por prazo ainda a ser determinado, está condicionada à aprovação do documento, de acordo com o Inea. “O Inea está consciente dos problemas enfrentados pela população e não tem economizado esforços no sentido de obter da empresa soluções que não sejam meramente paliativas”, concluiu a nota.
Desde junho, O DIA vem mostrando, em série de reportagens, o desespero de moradores por conta de pó preto de escória (rejeitos da produção do aço nos AltosFornos e Aciaria) que saem das chaminés da usina e do depósito sem controle, operado pela Harsco, na periferia; de cor avermelhada (resultado da queima de sucatas), além de possíveis gases perigosos de sua produção.
As denuncias, feitas por ONGs de defesa do meio ambiente; pelo DIA, e pelas redes sociais, são investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF-VR) e estão na mira de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (Alerj).