COB não traça meta de pódios em Tóquio
Entidade prevê que o Brasil terá 250 atletas na Olimpíada do Japão, daqui a dois anos. Alimentação terá atenção especial
Adois anos dos Jogos de Tóquio, o Comitê Olímpico do Brasil evita fazer projeções de meta de medalhas para o país em 2020, mas projeta ter cerca de 250 atletas na competição, contando com oito bases de apoio no Japão para melhor ambientação ao clima, fuso horário e alimentação.
“Só vamos trabalhar com a divulgação de metas após o fim do ano de 2019. Após o término de todos os campeonatos mundiais. Aí vamos discutir isso. A obtenção de uma performance melhor que na Rio-2016, como os ingleses após Londres, é um desafio enorme, tanto é que só a Grã-Bretanha conseguiu isso”, afirmou Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB.
A expectativa de 250 atletas da delegação se aproxima dos 259 que foram a Londres-2012 e é inferior aos 465 da Rio2016. Em casa, o Brasil conquistou 19 medalhas, ficando na 12ª colocação no quadro geral da Olimpíada.
O COB informou que o total de recursos investidos pela entidade em ações esportivas até o momento em 2018 chega a pouco mais de R$ 153 milhões. “Recursos sempre serão uma grande preocupação. Após a Copa do Mundo, entendemos que as empresas voltarão os olhos para os Jogos de Tóquio”, afirmou o campeão olímpico de judô em Barcelona-1992, Rogério Sampaio, diretor-geral da entidade.
Antes da abertura da Vila e também durante os Jogos, os atletas brasileiros terão à disposição bases em Chiba, Enoshima, Hamamatsu, Sagamihara, Saitama, Ota, Koto e Chuo, a última bem perto da Vila Olímpica.
Ao todo, 206 países e 11.090 atletas disputarão os Jogos Olímpicos de Tóquio, com 35 esportes em ação, em 50 modalidades.
CUidado Com a Comida
O COB planeja um cuidado especial com a alimentação, oferecendo aos atletas um local exclusivo, a alguns metros da Vila Olímpica, onde haverá comida brasileira, entre outros serviços.
“Teremos alimentação brasileira fornecida por nós. É um fator de influência para muitos atletas e será um diferencial importante para a nossa preparação. Existe um processo de treinamento de chefs japoneses e a participação da comunidade brasileira que mora no Japão”, explicou Gustavo Harada, gerente-geral de Operações Internacionais do Comitê Olímpico do Brasil.