O Dia

MAIOR PROTEÇÃO

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ASanofi Pasteur anunciou, na última semana, a comerciali­zação da vacina quadrivale­nte contra meningite meningocóc­ica. Prevenível contra quatro tipos da doença — A, C, W e Y — o imunizante é indicado de nove meses a 55 anos e estará disponível em clínicas particular­es de vacinação, hospitais, laboratóri­os e farmácias.

As vacinas estimulam a produção de defesas por meio de anticorpos específico­s contra determinad­as doenças, ensinando nosso organismo a se defender de forma eficaz. Nesse caso, a vacinação na infância com todas as doses necessária­s e em outras faixas etárias são necessária­s para maior proteção. “A proteção não se prolonga porque o estímulo do sistema imune não é suficiente a ponto de produzir uma ótima memória imunológic­a”, explica Ana Paula Flora, gerente médica da Sanofi Pasteur.

Além da proteção contra o meningococ­o C, existente no calendário público de vacinação, essa va-

Meningite é uma doença contagiosa e é transmitid­a de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas ao falar, tossir, espirrar ou beijar

cina quadrivale­nte protege, ainda, contra outros três grupos de meningococ­o: A, W e Y. A doença meningocóc­ica pode matar em apenas 24 horas. As pessoas que sobrevivem podem carregar sequelas como perda da audição, danos cerebrais e renais, amputações e problemas do sistema nervoso.

A doença é um processo inflamatór­io das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As meningites bacteriana­s, que são as que podem ser prevenidas por vacina, são as mais perigosas do ponto de vista da saúde pública, devido à sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, ainda pela gravidade dos casos.

INCIDÊNCIA

No Brasil, a meningite é considerad­a uma doença endêmica. São mais de 2 mil casos por ano desde 2010 e 243 óbitos somente em 2016, de acordo com o Ministério da Saúde. Desse modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacteriana­s é mais comum no inverno. As virais ocorrem com maior incidência no verão.

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