Protesto em vermelho no Supremo
A Polícia Federal vai investigar um ato de manifestantes que ontem pela manhã jogaram tinta vermelha no salão branco do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O local é a passagem dos ministros quando chegam às sessões plenárias. A Corte está em recesso.
Cerca de 20 pessoas favoráveis ao ex-presidente Lula (PT) protestaram na entrada do edifício-sede da Corte por pouco mais de 10 minutos, gritando “Lula livre” e carregando cartazes. O grupo levava outros cartazes representando a carteira de trabalho brasileira, a Constituição Federal e a marca da Petrobras.
“Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos, foram coletadas pela segurança do tribunal e contribuirão para as investigações”, comunicou a assessoria do STF.
Em abril, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também jogaram tinta vermelha no prédio da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, em Belo Horizonte.
DIA DO VOLTO
Em Curitiba, Lula afirmou ontem, em carta, que vai criar o ‘Dia do Volto’, em alusão ao Dia do Fico, quando Dom Pedro decidiu ficar no Brasil, em 1822, ao invés de ir para Portugal, como os poderes da metrópole exigiam.
A carta foi direcionada ao presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana. “O imperador Dom Pedro I criou o Dia do Fico. E eu vou criar o dia do ‘Volto’ para, junto com o povo, fazer o Brasil feliz outra vez”, escreveu Lula. Os apoiadores do ex -presidente estão espalhando outdoors pedindo a liberdade do petista. São 13 em Curitiba e outros em Londrina, Porto Alegre, Salvador e Rio.