O Dia

Assassinad­a na Nicarágua

Estudante brasileira foi atingida por tiros que teriam partido de paramilita­res

- > Manágua, Nicarágua

Raynéia Gabrielle Lima, de 32 anos, estudante universitá­ria brasileira, foi morta a tiros na noite de segunda-feira em Manágua, capital da Nicarágua.

O país vive uma onda de protestos desde o dia 18 de abril, quando a população rejeitou uma proposta de reforma da previdênci­a social que depois foi abandonada pelo governo.

O crime aconteceu no complexo residencia­l Lomas de Monserrat. Segundo testemunha­s, paramilita­res que apoiam o governo atiraram contra o carro da estudante. A estudante foi levada pelo namorado para o hospital, mas faleceu nas primeiras horas da manhã.

A polícia da Nicarágua negou que o grupo de paramilita­res tenha assassinad­o a estudante brasileira . “Um guarda de vigilância privada, em circunstân­cias ainda não determinad­as, efetuou disparos com arma de fogo, um dos quais a atingiu, provocando-lhe ferimentos”, segundo um comunicado da Polícia.

Raynéia cursava o último ano de Medicina e foi baleada quando dirigia para casa no sudoeste de Manágua por volta de meia-noite.

Em entrevista a uma emissora de TV local, o reitor da UAM, onde Raynéia estudava, afirmou que as forças paramilita­res foram as responsáve­is pela morte da estudante e que elas “sentem que têm carta branca, ninguém vai dizer nada a eles, ninguém vai fazer nada. Eles andam sequestran­do e fazendo batidas”.

A estudante, que morava há seis anos na Nicarágua, nasceu em Pernambuco.

Numa dura reação à morte da estudante brasileira, o governo brasileiro convocou a embaixador­a da Nicarágua, Lorena Martínez, a dar explicaçõe­s sobre o episódio. Além disso, chamou de volta o embaixador brasileiro naquele país, Luis Cláudio Villafagne, num gesto diplomá-

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REPRODUÇÃO / FACEBOOK Raynéia, de Pernambuco, morava na Nicarágua havia seis anos

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