Desaparecidos no Laos
tico que expressa uma forte insatisfação.
Mais cedo, o governo havia emitido nota, pelo Itamaraty, expressando sua “profunda indignação e condenação à trágica morte ontem, 23 de julho, da cidadã brasileira Raynéia Gabrielle Lima (...) atingida por disparos em circunstâncias sobre as quais está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense”.
Também exigiu que se façam os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis deste “ato criminoso”.
A presidente do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Vilma Núñez, declarou que a estudante “foi alvejada sem nenhuma razão” e disse que a organização vai realizar investigações sobre o incidente. Há informações de que a estudante teria participado de atos contra o governo nas últimas semanas. Ela estava em período de residência médica e se preparava para voltar ao páís nos próximos meses.
A Nicarágua vive uma crise sociopolítica contra o presidente Daniel Ortega que se mantém há 11 anos no poder em meio a acusações de abuso e corrupção. A repressão aos protestos populares já deixou entre 277 e 351 mortos, de acordo com organizações humanitárias. Centenas de pessoas estavam desaparecidas ontem no Laos, e as autoridades temem um grande número de mortos, após a ruptura de uma represa hidroelétrica em construção que submergiu seis aldeias em um dos países mais pobres do Sudeste Asiático.
Cerca de 6.500 pessoas se encontram ilhadas e as autoridades tentam evacuá-las da zona do acidente.
“O acidente foi causado pelas contínuas chuvas que fizeram que grandes quantidades de água se acumulassem”, afirmou a empresa encarregada da construção da represa.