O Dia

Magnata passa conselhos ao herdeiro tricolor

Ídolo de Fluminense e Ceará, Magno Alves fica em cima do muro para a partida de hoje, mas deixa escapar sua torcida pelo artilheiro Pedro

- LUiZ PoRTiLHo luiz.portilho@odia.com.br

Apartida de hoje entre Ceará e Fluminense, às 16h, no Presidente Vargas, deixará um ídolo dos dois times em situação delicada. Aos 42 anos e mantendo a forma física em Fortaleza, onde mora, enquanto espera propostas para jogar, Magno Alves ainda não decidiu se vai ao estádio hoje à tarde: “Tenho história nos dois clubes. Vou ficar em cima do muro”. Mas o veterano deixa escapar uma simpatia pelo lado tricolor ao ver no menino Pedro, 21 anos, artilheiro do Brasileiro com nove gols, uma espécie de sucessor.

Nono maior artilheiro da história do Fluminense, com 121 gols, Magnata aconselha o atual camisa 9 a resistir às ofertas do exterior, pelo menos até o fim do ano — nesta semana, o Flu também rejeitou proposta do Bordeaux, da França, pelo camisa 9.

“Eu falo sempre que tem que agarrar o cavalo quando ele passa. Ou seja, o Pedro não pode perder a oportunida­de de jogar lá fora. Mas ele deveria esperar até dezembro, para deixar uma boa impressão no Fluminense. Ele briga pela artilharia do Brasileiro, isso tem peso”, disse o Magnata, que teve contato com Pedro em sua última passagem pelo Flu, entre 2015 e 2016. “A gente via que ele seria uma realidade. Tem boa estatura, habilidade, boa finalizaçã­o. Foi um trabalho de dois, três anos que fizeram com ele, que ficou ali, esperando o momento de se firmar”, completa.

Com Pedro, Magno Alves sente o alívio de ver sobreviver a função de centroavan­te, ameaçada de extinção. “Eu continuo defendendo o esquema com o cara lá na frente, e deixa que os outros trabalhem para ele. Tem que ficar dentro da área. Nada de buscar a bola lá atrás, se é para fazer gol. Quem tem que armar é o camisa 10”, disse.

Magno Alves vive em Fortaleza e treina por conta própria nas instalaçõe­s do modesto Floresta, que disputa a Série A do Campeonato Cearense, para manter a forma física. Ele espera por propostas e só pensa em encerrar a carreira no ano que vem, quem sabe, com um jogo de despedida com a camisa do Fluminense, clube pelo qual alcançou a Seleção, em 2000.

“Seria o ideal, vou amadurecer essa ideia”, disse o atacante, quarto maior artilheiro em atividade no futebol mundial, com 442 gols, atrás apenas de Cristiano Ronaldo (658), Messi (618) e Ibrahimovi­c (494).

O Pedro não pode perder a oportunida­de de jogar lá fora. Mas ele deveria esperar até dezembro, para deixar uma boa impressão no Fluminense” MAGNO ALVES

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