O Dia

Para enfrentar a solidão, psicóloga recomenda amizade animal

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Valmari Cristina Aranha, psicóloga, especialis­ta em gerontolog­ia e secretária-adjunta da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontolog­ia, afirma que essa relação entre pet e idoso é muito saudável, principalm­ente para os que vivem sozinhos.

“Os principais problemas para os idosos que temos atualmente é a solidão, não só por conta do abandono familiar, mas por uma questão prática. As pessoas estão vivendo mais, os filhos estão envolvidos em outras atividades e não têm tempo de ficar com o idoso, e o animal, às vezes, faz esse papel”, explicou Valmari que completa: “é muito saudável ter um animal de estimação pela companhia, responsabi­lidade e interação. As pessoas se envolvem com o animal como alguém que dá sentido para a vida do idoso”.

Segundo a psicóloga, os animais fazem os idosos se movimentar­em mais. “O fato de ter que cuidar e ter responsabi­lidade com o animal faz com que a pessoa se movimente para passear ou limpar, por exemplo”. Valmari explicou ainda, que alguns pets ajudam a deixar idosos menos agressivos, principalm­ente os que têm demência. “A relação com o animal é muito pura e acaba acalmando as pessoas”.

A especialis­ta aponta que cães muito grandes não são indicados para idosos, porque podem entrar no meio das pernas provocando queda. Ela explica que gatos também são indicados para as pessoas

É muito saudável ter um animal de estimação pela companhia, responsabi­lidade e interação

VALMARI ARANHA, psicóloga e especialis­ta em gerontolog­ia

mais velhas, mas que os cães interagem mais. “O gato é mais independen­te e não será tão companheir­o quanto o cachorro”, detalha Valmira, que faz um alerta: “para o idoso ter um pet é preciso que ele goste de bicho, e não apenas porque fará bem à saúde. O que importa é respeitar a biografia do idoso e o que ele gosta. Tem que preservar a autonomia e a história dele”.

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