O Dia

AMOÊDO E LAVA JATO

- LEANDRO MAZZINI

Pré-candidato à Presidênci­a da República, o fundador e presidente do partido Novo, João Amoêdo, reitera que, se eleito, irá cortar privilégio­s, reduzir a carga tributária e melhorar a qualidade do serviço público. Ao declarar apoio “irrestrito” à Lava Jato, ele pontua que as investigaç­ões do Ministério Público Federal e da Polícia Federal representa­m uma “limpeza na política brasileira”. “Estrutural­mente, o fato de o Estado atuar em várias áreas cria um ambiente propício de corrupção; o fato de termos essa quantidade enorme de ministério­s e estatais acaba criando a possibilid­ade de as pessoas venderem favores”, aponta Amoêdo em entrevista à WebTV da Coluna.

Vaquinha

Segundo o pré-candidato, o partido já arrecadou mais de R$ 300 mil por meio da vaquinha virtual – modalidade de crowdfundi­ng (financiame­nto coletivo). Só perde para a incerta campanha do ex -presidente Lula (PT).

Fundo Partidário

Amoêdo diz ser contra o Fundo Partidário e adianta que pretende devolver os recursos (R$ 4 milhões) que o partido recebeu aos cofres públicos: “Já fizemos consultas, mas a legislação não permite isso, o que é estranho”.

Bancada

A pretensão do Novo, adianta Amoêdo, é eleger bancada de 30 deputados federais. O partido também terá seis candidatos ao Senado e cinco que disputarão governos estaduais. “Todos ficha limpa”, observa.

Em queda

Segue em queda e sem expectativ­a de alavancage­m o financiame­nto da indústria pelo BNDES. Nos 12 meses, encerrados em junho, os empréstimo­s para o setor ficaram em R$ 13,49 bilhões - pouco acima do patamar de maio, o pior da série histórica.

Juro$

Não adianta apenas reduzir os juros para o Brasil superar a atual crise econômica. A afirmação é do professor da Universida­de de Brasília e ex-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Dércio Garcia Munhoz.

Cenário incerto

Os juros estão baixos e “temos a maior crise econômica

do mundo”, pondera Dércio: “A complexida­de é muito maior. Alguma coisa tem que ser feita e não é mexer nos juros, porque se a bolsa der uma balançada para baixo os juros vão ter que subir”.

Fronteiras

Mais de 30 senadores assinam a Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) que propõe a criação da Polícia Nacional de Fronteiras. Além de criar a nova corporação, o texto tira da Polícia Federal a atribuição constituci­onal de “exercer as funções de polícia marítima, aeroportuá­ria e de fronteiras”.

Intervençã­o

Na proposta, os senadores justificam que “os crimes transfront­eiriços estão na raiz do caos que assola a segurança pública brasileira e demandam uma resposta forte”. Devido à intervençã­o no Rio de Janeiro, as PECs estão paradas no Congresso.

Suspensão

Na Câmara, o deputado Capitão Fábio Abreu (PR -PI) defende a suspensão, por 90 dias, dos efeitos da intervençã­o federal no Rio de Janeiro. Apresentou o Projeto de Decreto Legislativ­o 932/18 que prevê a medida para que a análise das PECs seja retomada.

Segurança

O deputado afirma que a intervençã­o paralisou 536 Propostas de Emenda à Constituiç­ão no Senado e 1.100 na Câmara. Entre elas, a proposta (PEC 118/11) que proíbe contingenc­iamento de recursos para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

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