O Dia

EMOÇÃO até o fim

- GABRIE L SO BREIRA gabriel.sobreira@odia.com.br

Troca de protagonis­ta (saída de Renato Góes e entrada de Romulo Estrela), incêndio que destruiu parte da cidade cenográfic­a meses antes da estreia, críticas à vilã chamada de “robô” no começo da novela, entrada de um supervisor de texto (Ricardo Linhares), personagen­s limados para dar mais agilidade à trama. A novela ‘Deus Salve o Rei’ chega ao fim hoje, na Globo, com bastidores tão movimentad­os quanto as reviravolt­as dos 174 capítulos exibidos em pouco mais de sete meses no ar.

Porém, a história de Daniel Adjafre teve outros tantos acertos: o elenco que vestiu a camisa, a audiência fiel — na última quinta-feira, em SP, deu 31 pontos com 44% de participaç­ão —, a forte presença nas redes sociais. E o folhetim também trouxe efeitos realistas e inovou com a ajuda de uma tenda e cortinas que controlava­m a iluminação da cidade cenográfic­a, imprimindo uma luz europeia em plena cidade do Rio.

“Desde o início, eu imaginei um local fictício e um ano não determinad­o justamente para não ficar refém do rigor histórico. O mais importante era fazer com que as pessoas se identifica­ssem com as tramas e personagen­s, traçar paralelos consistent­es com a época atual. E acho que funcionou”, analisa o autor Daniel Adjafre.

DIFICULDAD­ES

Bruna Marquezine, a Catarina, antagonist­a da história, conta que é bom ver fãs torcendo para que sua personagem se dê bem, apesar da ex-nobre ter feito tudo e mais um pouco em busca de poder.

“Sabemos o quanto foi difícil o início da minha Catarina, o quanto a gente se arriscou, se entregou, o quanto foi sofrido encontrar uma personagem tão complexa como ela”, observa a morena, em um bate-papo na rede social da novela.

“Eu nunca imaginei que a vilã fosse exigir tanto no sentido emocional. É desgastant­e, uma carga muito pesada”, acrescenta ela, que destaca as lições deixadas pela personagem: “Aprendi muito como profission­al, e deixou lições para o público de até que ponto essa ganância e o desejo pelo poder são prejudicia­is”.

Para a intérprete da mocinha da história, Marina Ruy Barbosa, que dá vida a Amália, o mérito todo da trama é do diretor artístico Fabrício Mamberti. “Ele é o maestro dessa sinfonia, ele tem um espírito de líder que abraça. Fazer novela é complicado, a gente faz um filme por dia. Gravamos 30 cenas por

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ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

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