Morte após cirurgia estética irregular leva estudante da Baixada para a prisão
MP diz que ela ainda receitou remédios para aliviar complicações do procedimento estético
Uma mulher foi presa em casa na manhã de ontem, em Mesquita, acusada de exercício ilegal da medicina e de ter provocado a morte de uma paciente após um procedimento estético nos glúteos. Segundo o Ministério Público (MPRJ), Mariana Batista de Miranda, 34 anos, injetou silicone industrial nas nádegas de Fátima Santos de Oliveira, 44, que morreu no dia 8 de abril. Mariana tem carteira de estudante de curso técnico em Enfermagem.
O laudo de necropsia atestou que a aplicação subcutânea de silicone industrial foi a única causa da morte da vítima, como aponta a denúncia. O delegado Vinícius Domingos, da 55ª DP (Queimados), afirmou que Mariana fazia as aplicações nas casas das clientes e cobrava de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil por cada uma. Segundo ele, Fátima foi submetida a duas sessões de preenchimento, em fevereiro e março, no total de 1,5 litro do produto. “Foi em decorrência dessa segunda que ocorreram as complicações e a morte”, disse o delegado.
A denúncia mostra ainda que Mariana, mesmo sem possuir conhecimento técnico, prescreveu medicações à vítima após tomar ciência das complicações, em conversas no WhatsApp. Em um dos diálogos, a cliente informou que um lado do bumbum estava maior do que o outro. Mariana respondeu: “Carol (teria trocado o nome para disfarçar), um lado da nossa bunda é sempre maior do que o outro, entendeu? Isso aí é normal”. Depois de Fátima reclamar que não estava bem, a falsa médica orientou: “Não senta com a bunda toda assim não, senta só na pontinha. E se você sair de moto, empina bem a bunda, entendeu?”.