O Dia

Morte após cirurgia estética irregular leva estudante da Baixada para a prisão

MP diz que ela ainda receitou remédios para aliviar complicaçõ­es do procedimen­to estético

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Uma mulher foi presa em casa na manhã de ontem, em Mesquita, acusada de exercício ilegal da medicina e de ter provocado a morte de uma paciente após um procedimen­to estético nos glúteos. Segundo o Ministério Público (MPRJ), Mariana Batista de Miranda, 34 anos, injetou silicone industrial nas nádegas de Fátima Santos de Oliveira, 44, que morreu no dia 8 de abril. Mariana tem carteira de estudante de curso técnico em Enfermagem.

O laudo de necropsia atestou que a aplicação subcutânea de silicone industrial foi a única causa da morte da vítima, como aponta a denúncia. O delegado Vinícius Domingos, da 55ª DP (Queimados), afirmou que Mariana fazia as aplicações nas casas das clientes e cobrava de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil por cada uma. Segundo ele, Fátima foi submetida a duas sessões de preenchime­nto, em fevereiro e março, no total de 1,5 litro do produto. “Foi em decorrênci­a dessa segunda que ocorreram as complicaçõ­es e a morte”, disse o delegado.

A denúncia mostra ainda que Mariana, mesmo sem possuir conhecimen­to técnico, prescreveu medicações à vítima após tomar ciência das complicaçõ­es, em conversas no WhatsApp. Em um dos diálogos, a cliente informou que um lado do bumbum estava maior do que o outro. Mariana respondeu: “Carol (teria trocado o nome para disfarçar), um lado da nossa bunda é sempre maior do que o outro, entendeu? Isso aí é normal”. Depois de Fátima reclamar que não estava bem, a falsa médica orientou: “Não senta com a bunda toda assim não, senta só na pontinha. E se você sair de moto, empina bem a bunda, entendeu?”.

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DIVULGAÇãO Mariana Batista de Miranda foi detida em casa, na Baixada Fluminense

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