O Dia

Arenas esportivas: como gerir

- Rodrigo Vizeu Presidente da Suderj

ORio de Janeiro, num período de dois anos, recebeu os maiores eventos esportivos do mundo: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Com o fim das competiçõe­s, porém, grandes estruturas foram entregues para as administra­ções municipal e estadual. Atreladas a elas, a capacidade de gestão do poder público, já que a eficiência e a manutenção desse legado estão ligadas à questão orçamentár­ia.

Criar estratégia­s e ações que minimizem o impacto financeiro em curto, médio e longo prazos tornou-se, então, um desafio.

A Superinten­dência de Desportos do Estado do Rio de Janeira (Suderj) é a autarquia responsáve­l pela administra­ção e operação das instalaçõe­s esportivas do estado e, por isso, tem a expertise para tal. Estão no seu escopo: o Parque Aquático Julio de Lamare; os estádios de Atletismo Célio de Barros e de Remo da Lagoa; o Parque Ambiental Praia das Pedrinhas; a Vila Olímpica do Sampaio; e os complexos esportivos da Rocinha e do Caio Martins.

Dentro do contexto de gestão moderna e eficiente, a Suderj vem seguindo a tendência mundial, ou seja, transforma­r esses equipament­os em áreas multiuso para não engessar a administra­ção do espaço público.

Espetáculo­s culturais, exposições comerciais e eventos corporativ­os já vêm ocorrendo, por exemplo, no Júlio de Lamare, no Célio de Barros e no Caio Martins. Resumindo: essas arenas têm o potencial de gerar oportunida­des de negócios que vão além do esporte.

As ações dentro desses equipament­os, inclusive, convergem para a solução de um problema: a sustentabi­lidade financeira do seu custeio. Desse modo, através de parcerias, eles devem ser grandes centros de comércio e de entretenim­ento, além da prática esportiva, evidente, que não deve ser negligenci­ada.

Para ter ideia desse gerenciame­nto, somente em 2018, entre executados e programado­s, temos 23 eventos, que vão gerar uma receita de cerca de R$ 500 mil para os cofres da Suderj.

Esse cenário contribui não apenas para revitaliza­ção dos equipament­os, mas também para gerar empregos e recuperar as áreas antes considerad­as degradadas. Esse é o caminho.

“Criar estratégia­s e ações que minimizem o impacto financeiro em curto, médio e longo prazos tornou-se um desafio”

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