Peso de encargos ajuda a convencer
NO principal argumento para convencer o dono do imóvel a ceder deve ser que, diante da crise econômica, o melhor éter um inquilino que paga em dia do que a unidade ficar fechada acumulando despes ascomo taxa de condomínio e IPTU. Sérgio Sender, advogado da área imobiliária, diz que, nesse momento, o poder do locatário é grande.
“Em tempos de crise, o locatário consegue manter o aluguel antigo e até reduzir. Antigamente, abriga era pra conseguir um imóvel; hoje, é pra conseguir inquilino, e as administradoras sabem da dificuldade até mesmo de receber aluguel em dia”.
Ele diz que há formas de negociar: “Como esse reajuste foi muito alto (8,24%), é possível também chegara um acordo de retardar o repasse em alguns meses, por exemplo”.
A administradora Deborah Mantuano, 34 anos, se antecipou em relação ao reajuste do imóvel que aluga. Ela contou que conseguiu em janeiro diminuir o valorem R $150, eque já negociou para que o locador não corrija o aluguel pelo IGP -M em novembro.
“Os preços estavam caindo, e moro num conjugado. Vi alguns apartamentos com área maior pelo mesmo preço que eu estava pagando. Então, usei isso como argumento para ele (proprietário) não aumentar o valor”, explicou.
Os encargos também influenciaram no acordo: “Outro argumento que me levou a contestar o aluguel foi o novo valor do IPTU este ano, que praticamente triplicou”.
O IGP-Mé o índice mais usa donos contratos de locação, e é calculado a partir do valor do dólar, entre outros fatores pela FundaçãoGe tu lio Vargas. Em julhosu avariação correspondeu a 0,51%. No ano ficou em 5,92%.
Para ver quanto vai pagar, o locatário pode fazer o cálculo da seguinte forma: com um aluguel no valor de R$ 1.500, por exemplo, que vigorou este mês é preciso aplicar 8,24% (R$ 1.500 + R$ 123,60), resultando em R$ 1.623,60.