O Dia

Pronto para realizar o sonho de menino

Regulariza­do, Vitinho não vê a hora de encarar o Grêmio, amanhã, no Maracanã, pela Copa do Brasil, e dar muitas alegrias à torcida do Flamengo

- VITOR MACHADO vitor.machado@odia.com.br

No sonho de moleque de Vitinho estão projetados o de vários outros meninos e meninas que, como ele, veem no esporte uma chance de driblar as dificuldad­es da vida. Regulariza­do e pronto para estrear, o novo reforço do Flamengo, apresentad­o ontem no Ninho do Urubu, enquanto planeja, pelo lado esquerdo, rabiscar os marcadores, como fazia seu amigo Vinicius Júnior, se posiciona como referência de quem, como ele, começa a escrever a própria história nas favelas cariocas.

“É um sonho de moleque de

verdade. Sempre di zia para a minha família que um dia eu jogaria no Flamengo. Estou fedo liz, ainda mais send flamencomo guista, conhecendo ca torlouco cida se sente. Estou lpara jogar, extravasar, b para fora e dar alegr cedores”, afirmou Vit do no Complexo do A

“É legal eu ter vin munidade porque ças se lutarem podem pelo ter cer so conseguir. A família mental nisso. Os paitêm que apoiar os filhos que jogam ou em qualquer outra atividade. Tem que ter alguém para dar um empurrão, e eu tive esse apoio”, completou.

A partir das quartas de final da Copa do Brasil, a arbitragem poderá usar o VAR, recurso usado no Mundial da Rússia

Vitinho, rubro-negro declarado, estava no Maracanã no dia 31 de maio. Pé-quente, assistiu à vitória do Flamengo sobre o Bahia por 2 a 0, gols de Lucas Paquetá e Diego. Não foi apenas o amor pelo clube que o levou ao estádio naquela ocasião. Pelo lado esquerdo do ataque, aos 17 anos, seu amigo Vinicius Júnior infernizav­a os adversário­s.

Agora, o camisa 14 terá a missão de substituir o menino que, antes mesmo de virar ídolo, cruzou o Atlântico em busca do seu sonho de atuar na Europa e alcançar a independên­cia financeira.

“Vinha ver os jogos no Maracanã com o Vinicius jogando. A força ofensiva e defensiva, a consistênc­ia, isso sustenta o Flamengo. Teve a saída do Vinicius, que ocupava espaço pela beirada, que eu particular­mente adoro jogar, é a minha posição preferida. É mais o meu estilo de jogo de ir para cima, finalizar e servir.”

Como torcedor, Vitinho guarda com carinho o gol de Petkovic sobre o Vasco, no tricampeon­ato carioca de 2001. No entanto, na parede da memória do atacante, a lembrança mais recente de Maracanã ganhou lugar especial. No intervalo da goleada sobre o Sport, ele teve seu primeiro contato com a Nação: “Nem consegui chorar. Já tinha chorado tudo.”

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FOTOS ARMANDO PAIVA Vitinho ao lado de Ricardo Lomba, vice presidente de futebol do Flamengo

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