HANSENÍASE
Faz tempo que o homem ouve falar da hanseníase. No Novo Testamento da Bíblia, a doença era chamada de lepra e os doentes clamavam a Jesus pela cura divina. Mais de 2 mil anos depois, a hanseníase ainda convive com o preconceito, apesar de não se usar mais a denominação lepra. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ostenta a triste marca de ser o país com a segunda maior incidência da doença no mundo, com mais de 25 mil novos casos por ano, perdendo apenas para a Índia, com 127 mil novos casos anualmente. E quase 1,7 mil novos casos de incidência da doença em menores de 15 anos foram detectados no país em 2016.
Pegando o recorte do município do Rio, pesquisa realizada pelo Sistema de Informação de Agravo de Notificações (Sinan-NET) observou que ocorreu um decréscimo do número de casos de hanseníase de 2013 a 2016. Em 2017, no entanto, houve um aumento: dos 430 casos de hanseníase, 335 eram novos registros.
Doença é provocada por uma bactéria, transmitida por gotas de secreção do nariz ou saliva
A hanseníase é uma doença infecciosa provocada por uma bactéria, transmitida por gotas de secreção do nariz ou saliva; atinge a pele, nervos e pode gerar deformidades físicas. A boa notícia é que tem cura e tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a rapidez no diagnóstico é a senha para o sucesso contra a doença. Para isso, é fundamental a qualificação do profissional que está na ponta.
Desde junho, dois guias - um de diagnóstico e tratamento e outro de complicações - voltados para médicos e profissionais de saúde estão à disposição on-line em uma plataforma da prefeitura. O material é fruto de parceria da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio (SBD-RJ) com as secretarias municipal e estadual de saúde.
No domingo, dia 5, é o Dia Estadual de Combate à Hanseníase. A capacitação de gestores em todo o estado do Rio para enfrentamento da doença é outra ação que acontece este mês. Ao menor sintoma, como alteração na pele - falta de sensibilidade, dormência, em geral sem coceira - procure um médico dermatologista ou vá à clínica de família mais perto de sua casa. Xô, preconceito!