DESAFIO DE BOLSONARO
O estilo “bélico” do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) atesta que o deputado não está preocupado com “o politicamente correto” e sim em angariar votos com a defesa de medidas polêmicas, em especial na área de Segurança. A análise é do presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos, Carlos Manhanelli. “A questão, segundo ele, é: quem é a favor da pena de morte; quem é a favor de ter arma em casa para se defender de bandido? Pelo visto, tem dado resultado”, avalia. Para Manhanelli, Bolsonaro não ganha eleição no 1º turno, como repete o candidato. “Ele não vai ter votos suficientes. Pode ir para o 2º turno e 2º turno é outra eleição”.
Lula
Sobre Lula, Manhanelli afirma à Coluna que, caso a Justiça impeça a candidatura do ex-presidente, a tendência é de pulverização dos votos do petista aos outros candidatos.
Voto pessoal
“As pessoas não são petistas, são lulistas. Não é um voto partidário, é um voto pessoal. Esse é o grande problema aqui no Brasil: as pessoas têm ídolos, deuses”, pontua.
Voo tucano
O apoio dos partidos do Centrão deve alavancar a campanha do tucano Geraldo Alckmin, prevê o consultor: “Isso deve resultar na ascensão dele nas pesquisas”.
Indicações políticas
O Senado vai retomar a
discussão de um tema recorrente que não avança no Congresso: o fim da indicação política para os tribunais de contas do país. Com apoio de 30 colegas – governistas e da oposição –, a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) defende na Prosposta de Emenda à Constituição (PEC 2/2018) composição majoritária dos tribunais por selecionados em concursos públicos de provas e títulos.
Práticas escusas
No texto da PEC que tramita na Comissão de Constituição e Justiça, a senadora sublinha: “Os sistemas de controle de contas públicas hoje existentes são absolutamente ineficazes, muitos contaminados, eles também, pela corrupção e pelas práticas criminosas mais escusas”.