O Dia

SEM LIMITES PARA

- BÁRBARA SARYNE Correspond­ente em São Paulo

De volta à Record para interpreta­r a personagem mais malvada de sua carreira — a Herodíade, em ‘Jesus’ —, Vanessa Gerbelli vê o lado positivo do contrato por obra entre artistas e emissoras de TV. Para a atriz, que fala por experiênci­a própria, mudar de casa é algo natural e positivo. “O mercado mudou bastante e as opções do ramo estão muito variadas”, diz ela, que já intercalou sequências de trabalho em emissoras diferentes.

Com 18 anos de carreira na televisão, Gerbelli lembra com orgulho que estreou em 2000, na Globo, e cinco anos depois foi para a Record. Ao se destacar na concorrênc­ia, porém, recebeu um convite para voltar à emissora líder em audiência. Sem pensar duas vezes, ela diz que foi com tudo e participou de várias novelas, finalizand­o sua estadia com ‘Novo Mundo’, em 2017, quando assinou mais uma vez com a TV de Edir Macedo porque gostou do perfil da personagem que interpreta atualmente.

“A gente tem que ir aonde os papéis nos chamam e nos instigam. Quando eu recebi esse convite para fazer parte do elenco de ‘Jesus’, aceitei na hora porque a personagem é muito interessan­te, e esse é o tipo de papel que me dá prazer fazer”, garante a intérprete. “Sou artista e estou aqui para isso. Essa é a minha função, não importa o lugar”, afirma Vanessa, que não descarta a possibilid­ade de tocar um projeto em outra emissora após ‘Jesus’.

BEM MALVADA

Na trama bíblica, Vanessa interpreta Herodíade, uma mulher dissimulad­a e ambiciosa, que casou com um tio e o abandonou para viver em adultério com outro parente. Rival de João Batista, a megera promete fazer barbaridad­es e tem tudo para ser odiada pelo público, mas a atriz adianta que não tem medo de receber olhares feios nas ruas.

“A história é bonita, e nós estamos contando com gosto, isso é o que importa para mim. A Herodíade tem um papel muito importante para a dramaturgi­a, e acho gostoso fazer uma personagem assim porque você perde todos os critérios da moral e, ainda assim, fica tudo certo na vida real”, diz.

A vilã, para a atriz, é a mais importante de sua carreira e nem chega perto das maldades de outras personagen­s que ela já interpreto­u. Elza, que roubava crianças em ‘Prova de Amor’ (2005), era boazinha perto da mulher que vai pegar no pé de um dos seguidores de Jesus. “A Elza não era malvada assim porque ela era doente, esquizofrê­nica, tinha problemas mentais. Já a Herodíade é ruim por opção”, adianta.

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