Decepção esportiva e êxito publicitário
Neymar chegou ao Paris Saint-Germain há exatamente um ano, mas o balanço de sua primeira temporada no clube francês teve gosto amargo. O craque brasileiro levou o clube a outro patamar, mas não teve sucesso no momento de conquistar o grande objetivo: o tão sonhado título da Liga dos Campeões.
“Quando Neymar chegou a Paris, ficamos dois meses falando na televisão chinesa”, lembra Robert Li, membro de um fã-clube do Paris SaintGermain na China.
Assim como milhares de torcedores locais, Li está feliz de ver o camisa 10 celebrar seu primeiro aniversário com a camisa do PSG em Shenzhen, onde o clube disputa hoje, às 9h (de Brasília), a Supercopa da França, contra o Monaco.
Um ano após o dia da transferência do século, depois de o PSG gastar 222 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) para tirá-lo do Barcelona, Neymar se reapresentou ao clube acompanhado de uma multidão na China. Isso apesar das polêmicas simulações na Copa do Mundo e a decepcionante temporada no clube.
Neymar é sem dúvida uma estrela do marketing, com 200 milhões de seguidores nas redes sociais, e o PSG conta com essa notoriedade para tentar alcançar o Real Madrid ou o Bayern de Munique em termos de posicionamento como marca. A transferência de Neymar permitiu ao clube francês aumentar suas receitas, apesar do preço pago ter colocado a equipe no alvo da Uefa no âmbito do fair-play financeiro.
Sua etapa em Paris começou bem, com boas-vindas na Torre Eiffel e excelentes atuações nos primeiros jogos. Mas o entusiasmo inicial foi esfriando com o passar dos meses. Sua lesão no pé direito e a polêmica operação no Brasil colocaram o PSG em meio a uma novela, em que cada gesto e declaração eram analisados com detalhe.
Para piorar, a prolongada ausência de Neymar alimentou os rumores sobre sua possível ida ao Real Madrid. Os torcedores do PSG precisaram esperar até julho para que o ídolo confirmasse sua permanência.
O brasileiro não demonstrou seu melhor nível na Liga dos Campeões passada, com uma atuação irregular jogo de ida das oitavas de final contra o Real Madrid e ficando de fora da partida que representou a eliminação do PSG, por conta de uma fratura no pé, que o deixou inativo por três meses.
De retorno ao clube após