A JAMAICA É AQUI
Maior representante do Rastafári, religião criada por descendentes de escravos na Etiópia, Jorge Makandal dissemina a ideologia pelo estado
No distrito de Sana, um paraíso ecológico encravado entre a Região Serrana e o Norte Fluminense, seguidores da religião Rastafari se reúnem periodicamente para adorar o deus Jah. É lá que fica o tabernáculo (templo) criado por Jorge Makandal Mendes para difundir entre os brasileiros os ensinamentos da crença.
Criado nos anos de 1920 na Etiópia por descendentes de escravos, o Rastafári resiste no Estado do Rio e está passando revolução. por uma grande e lenta representante Quem garante é o maior da religião em solo fluminense, anos. Jorge Makandal, de 68 O movimento, cuja ideologia cresceu mundo na Jamaica e se propagou pelo disseminado nas letras de Bob Marley, é em discretamente por ele Norte Sana, na Serra de Macaé, no onde Fluminense, em sua pousada, antes havia o Camping Jamaica.
Lá, ele perpetua ensinamentos imperador de sua crença, que vê no último da Etiópia, Haile Selassie batizado ou Hailé Selassié I (1892-1975), e, como Tafari Makonnen como posteriormente, Rás Tafari, a encarnação de Jah (Deus). “Estamos de pé, mas entrando outra com as novas tecnologias, em era, a digital, em conexão instantânea com o mundo inteiro, sobretudo Etiópia, Moçambique e Angola. e Passamos a primar pela qualidade pela não quantidade de seguidores, preceitos, abertura em relação a alguns como que antes entendíamos entre certos”, afirma Jorge, o ‘Paizão’ que os menos de mil “rastas raízes” região; ele calcula ter espalhados pela em por Santa Teresa, no Rio; Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense, e em Niterói.
Em sua propriedade, que chama entusiastas de tabernáculo, Jorge recebe que de mudanças. “Temos que desmistificar falsos conceitos nos é atribuído, como o machismo. gruAs mulheres estão em massa nos pos, caminhando conosco”, garante, mostrando fotos. “Não toleramos o racismo, fascismo, consumismo, termo rastafarianismo, e nem gente religião, que põe dread e diz que é da só pra fumar maconha”, prega. os Jorge lamenta os que ainda enxergam como “maconheiros que sujos, de cabelos piolhentos”, pelo só curtem reggae. “Prezamos corpo limpo, assim como a alma, templos de Jah. Nossa cultura espiritual é linda”, rebate, garantindo de que o consumo eventual ganja (maconha), tida como “erva espirituais sagrada”, para atingir estados elevados, é feito em datas especiais e com fins medicinais. que “Se a lei não permite, é óbvio não plantamos”, pondera.
Nossa religião é um começo sem fim, estamos constantemente nos renovando
JORGE MAKANDAL, representante do Rastafári