Candidatos na praça. Vice é problema
PT oficializa Lula, mas ainda discute companheiro de chapa, que também é dificuldade no PSL
Após o Encontro Nacional no qual foi confirmada a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência, a direção nacional do PT se reuniu para buscar a definição de um vice para a chapa do partido.
Ao longo do dia, várias opções foram consideradas, entre elas a de Ciro Gomes (PDT) assumir o posto, hipótese que o ex-ministro descartou, mais uma vez.
Pela manhã, lideres do partido se reuniram com o PCdoB, discutindo a hipótese de a candidata à Presidência do partido, Manuela D’Àvila, se unir à chapa petista como candidata a vice-presidente.
Entre os advogados do partido, há dúvidas sobre a obrigatoriedade ou não de indicar o vice até amanhã. A ideia inicial era que o companheiro de chapa de Lula só fosse anunciado no dia 14, véspera da data em que haverá o registro da candidatura junto ao TSE.
Os nomes colocados em caso de uma indicação imediata são, principalmente, os da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o do ex prefeito de São Paulo Fernando Haddad. O ex-ministro Jaques Wagner, tido como o preferido de Lula para um eventual ‘plano B’ corre por fora.
A presidente do PT cumpriria o papel de porta-voz de Lula, até a decisão da Justiça sobre a candidatura de Lula, mas se um dos dois outros nomes - Haddad ou Wagner - assumir o papel de vice, já estará praticamente ungido como o substituto do ex-presidente após a provável impugnação com base na Lei da Ficha Limpa.
No Encontro Nacional, foi lida uma carta de Lula, na qual o petista disse que os opositores querem fazer uma eleição com “cartas marcadas” e que a democracia no país está ameaçada.
Já Haddad mostrou que o PT considera Alckmin o grande adversário, dizendo que, de um lado está o PSDB, de outro o partido, que tem Lula na lideranças das pesquisas, apesar de preso. “O cenário está configurado”, disse. “O PSDB deu a coluna vertebral e organizou o governo Temer”, atacou.